Por Fernando Brito/Tijolaço
O site jurídico Conjur informa que, durante o mês de março, o Conselho Nacional de Justiça recebeu nada menos que 14 reclamações entre os dias 9 e 30 de março.Descontados sábados, domingos e os dois dias da Semana Santa, um por dia útil.
Uma delas é assinada por 13 senadores e duas pelos sindicatos de advogados, de São Paulo e da Paraíba.
O número é maior que o total de investigações abertas pelo CNJ na maioria dos anos.
A relatora de todos eles, Ministra Nancy Andrighi, colocou quase todos sob sigilo de Justiça e negou duas liminares pedidas.
Não é a primeira vez que Moro é mandado ao exame do CNJ: em 2013, quem o mandou foi ninguém menos que Gilmar Mendes, ao proferir voto no HC 95518 / PR onde diz, textualmente:
Eu estou pedindo que se encaminhe à Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região e à Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Esses são fatos gravíssimos. Por exemplo, monitoramento de advogados.
E olhe lá se não vier um novo, de novo do STF, no julgamento de mérito da gravação e divulgação dos telefonemas das Presidenta da República.
Não será possível que tudo se vá engavetar, como se fez sucessivamente diante dos abusos do juiz do Paraná, que ficou sem freios e agora colide violentamente contra a mais alta Corte brasileira.
Parece que a trombada foi forte demais até para o caminhão de Moro.
Mas como o deixaram tomar tamanho e velocidade, animados com as consequências políticas dos seus atos e com medo de serem apontados pela mídia como “protetores de corruptos”, parar o bicho vai deixar estragos no próprio Supremo.