
Na coluna ‘Estado Maior’ de O Estado do Maranhão desta segunda-feira (14) está demonstrado o real interesse de José Sarney pelo ‘golpe’: atrapalhar o governador Flávio Dino. Para o diário da oligarquia, com Michel Temer (PMDB) no poder, após a queda de Dilma, Sarney passaria a ter influência grande e trabalharia para inviabilizar a administração do comunista.
“O que ele (Flávio Dino) teme de verdade, é que uma queda da presidente leve ao poder os peemedebistas. E que o ex-senador e ex-presidente José Sarney, ainda muito influente no cenário nacional, volte a ter o poder não apenas de influenciar, mas de dar as cartas, ao lado de Michel Temer, por exemplo”, revela a coluna.
É prejudicando o povo do Maranhão, mais uma vez, que o oligarca quer se vingar da derrota histórica sofrida na última eleição, quando seu grupo foi enxotado do poder pela maioria do povo maranhense. Foi o fim de um ciclo de atraso e pobreza. Ele sabe que, em apenas um ano de governo, Flávio Dino já conseguiu, com um combate firme à corrupção, mudar a realidade em vários setores, contando, para isso, com o apoio do governo federal.
Num cenário de crise e recessão, com Estados e Municípios registrando perdas em transferências constitucionais e arrecadação de impostos, a ajuda do Governo Federal é imprescindível para manter o ritmo de investimentos públicos, principalmente em políticas de assistência às famílias de baixa renda. Sarney sabe que, em se fechando o fluxo de recursos dos cofres do governo federal para o Estado, poderá inviabilizar muitos projetos. É isso que ele pretende fazer, caso o PMDB consiga chegar ao poder pela via golpista.
O diário da oligarquia peca ao afirmar que Flávio Dino apoia a presidente Dilma porque teme uma suposta vingança de Sarney. Para o jornal, o governador não estaria pensando nos aliados quando faz a firme defesa da dupla Lula/Dilma. “Pelo contrário, Flávio Dino age em causa própria”, acentua a coluna. Um equívoco! O governador, com certeza, pensa no futuro do povo do Maranhão, pois sabe que o golpe representará um retrocesso grande no plano de investimentos em políticas sociais e de desenvolvimento do Estado, por exemplo.
Em seu artigo de domingo, publicado aqui no blog, o governador Flávio Dino faz um “convite ao bom senso”, mostrando preocupação com o que poderá advir com um golpe, com o acirramento da crise.
“Chegamos à beira do precipício com uma gravíssima crise política. Recentes ações atabalhoadas de alguns promotores são sintomas institucionais de preocupante descontrole geral, em que tudo pode acontecer. Não teremos um ‘vencedor’ nesta guerra. É preciso que todos os lados envolvidos sentem-se para dialogar tendo à mesa o futuro do país”, disse, revelando uma postura de quem não olha para o próprio umbigo, mas para o que pode ocorrer com o país. Posição de um estadista.
Portanto, em vez de incentivar a guerra, a vingança, o ódio, o governador faz uma exortação ao diálogo, ao entendimento, pois o problema, para ele, não se resolverá fora do campo da política. E numa guerra, termina sobrando para o mais fraco, para o cidadão comum.
“Na guerra de todos contra todos, sobressai o mais forte. E com certeza, no mundo em que vivemos, esse não é o interesse do cidadão comum. É preciso retomar o diálogo sério para encontrar soluções aos males que realmente afligem o país, como o subfinanciamento da saúde pública, os casos de Zika, a crise econômica, o desemprego, a mobilidade urbana. Toda forma de corrupção deve ser combatida, mas segundo o devido processo legal, conduzido com serenidade, prudência, sem a paixão pelo espetáculo”, acentua.
Enquanto Saney almeja voltar a ter influência e força pela via golpista, Flávio Dino está preocupado com o desafio de mudar a realidade do Maranhão, colocando-o entre os mais prósperos do país. Livre, principalmente, da praga da corrupção que tanto males causou ao povo do Maranhão ao longo do longevo período de governos da oligarquia.
E tem mais: a capa do diário da oligarquia desta segunda-feira (14), no day after das manifestações, mostra claramente que o golpe é uma realidade e que Dilma é apenas um espectro de presidente que não resistirá por muito tempo.
A oligarquia cospe no prato que comeu. Atitude de traidores!
Blog do Gilberto Lima