Governador do Maranhão se manifesta "em apoio a todas as investigações e em combate à corrupção", mas afirma que "isso não pode se transformar num vale-tudo"; "É preciso observar o que a Constituição e as leis determinam e neste caso concreto, infelizmente, da interceptação telefônica [de Lula e Dilma], houve várias violações legais", disse Flávio Dino (PCdoB), que é advogado e ex-juiz federal; ele ressalta que "não era possível o vazamento de áudios" pelo juiz Sérgio Moro e que a gravação não tinha mais autorização da Justiça; "Obviamente, se não havia ordem judicial vigente, a prova é ilícita, é claro que houve uma ilegalidade", afirmou; governador apontou ainda "ao bom senso e ao diálogo"; "Faço um apelo ao respeito às regras do jogo democrático", declarou, reafirmando que não há motivos jurídicos para a interrupção do mandato da presidente Dilma
Maranhão 247 – O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se manifestou nesta quinta-feira 17, em coletiva de imprensa, "em apoio a todas as investigações e em combate à corrupção", mas fez críticas à divulgação do grampo do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, "isso não pode se transformar num vale-tudo".
"É preciso observar o que a Constituição e as leis determinam e neste caso concreto, infelizmente, da interceptação telefônica [de Lula e Dilma], houve várias violações legais", disse o governador, que é advogado e ex-juiz federal. Ele ressaltou que "não era possível o vazamento de áudios" e que a gravação não tinha mais autorização da Justiça para ocorrer.
"Não era possível o vazamento de áudios. Não era possível a realização daquela providência. A própria gravação da conversa foi feita após o juiz determinar a interrupção das gravações", afirmou, em referência ao juiz Sérgio Moro. "E obviamente, se não havia ordem judicial vigente, é claro que a prova é ilícita, é claro que houve uma ilegalidade. E não tem nenhum fim, jurídico ou político, que justifique a divulgação que foi feita", completou.
Flávio Dino apontou ainda "ao bom senso e ao diálogo" para a saída desse momento político. "Apelo ao bom senso e ao diálogo, porque nós temos saídas institucionais, caminhos jurídicos trilhados na normalidade. Não será pela intolerância que nós vamos reencontrar um caminho e oportunidades", declarou. "Faço um apelo ao respeito às regras do jogo democrático", acrescentou, reafirmando que não há motivos jurídicos para a interrupção do mandato da presidente Dilma
"Não há nenhuma razão jurídica para a interrupção desse mandato, portanto tudo mais é golpismo", disse. Na opinião do governador, estamos vivendo "um momento muito grave" no Brasil.