Pré-candidato à Presidência da República e ex-ministro, Ciro Gomes (PDT-CE) afirma que os dois partidos se articulam para "assaltar" o governo da presidente Dilma a fim e acabar com as investigações, que começam a atingir com força nomes da oposição, como Eduardo Cunha, do PMDB, e Aécio Neves, do PSDB; "O objetivo maior é assalto ao poder, tirando o povo da jogada. E o objetivo lateral é encerrar a Lava Jato. (...) A coalizão PSDB/PMDB está tentando, entre outras coisas, simples e puramente, o fim e a morte da Lava Jato. A democracia brasileira precisa saber que o [procurador-geral da República, Rodrigo] Janot conseguiu mil contas na Suíça de políticos de tudo que é de partido. E eles estão fazendo jantares em Brasília e conversando explicitamente que é preciso acelerar o impeachment, derrubar a Dilma, e com isso sinalizar para o povo que a Lava Jato concluiu sua finalidade e agora está na hora de encerrá-la", diz Ciro, em entrevista ao Broadcast Político
247 – Pré-candidato à Presidência da República em 2018 pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou nesta quinta-feira 24 que PMDB e PSDB estão se articulando para derrubar a presidente Dilma Rousseff e, com isso, acabar com as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal e da Justiça Federal do Paraná. As declarações foram feitas em entrevista ao Broadcast Político, da Agência Estado.
"O objetivo maior é assalto ao poder, tirando o povo da jogada. E o objetivo lateral é encerrar a (Operação) Lava Jato. (...) A coalizão PSDB/PMDB está tentando, entre outras coisas, simples e puramente, o fim e a morte da Lava Jato. A democracia brasileira precisa saber que o (procurador-geral da República, Rodrigo) Janot conseguiu mil contas na Suíça de políticos de tudo que é de partido. E eles estão fazendo jantares em Brasília e conversando explicitamente que é preciso acelerar o impeachment, derrubar a Dilma, e com isso sinalizar para o povo que a Lava Jato concluiu sua finalidade e agora está na hora de encerrá-la", disse Ciro.
Ciro acrescentou que não está dizendo "que é fácil, nem que vão conseguir. Estou dizendo o que eles estão tentando, planejando e executando fazer. Evidentemente, assumindo a Presidência isso fica mais fácil".
Ao comentar o processo de impeachment contra Dilma, o ex-ministro avalia que "só um milagre nos salva". "A nós brasileiros, porque a queda dela é a ruptura da democracia e o nascimento de um governo ilegítimo e acho que daí adiante a violência será um quadro adicional ao nosso drama", afirma na entrevista.
Em sua opinião, levar Lula para dentro do governo "foi uma estupidez inominável que acelerou e passionalizou muito a construção de um consenso que não existia, e ainda não existe, mas que deu muitos passos à direção da ruptura democrática brasileira através desse expediente golpista, porém, protocolar, que é o processo de impeachment".
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