César Pires decide semana para qual partido vai transferir a filiação
Blog do Jorge Vieira - Após 15 anos de militância, o deputado César Pires oficializou, nesta manhã de terça-feira (23), sua saída do Democratas. O parlamentar anunciou que já recebeu convite de vários partidos, mas que somente tomará a decisão para qual legenda irá transferir a filiação semana que vem, depois de analisar com calma cada proposta.
Ao se despedir da legenda com um discurso carregado de emoção, Pires ressaltou a convivência com o atual presidente, deputado federal Juscelino Filho, mas admitiu que forças ocultas o levaram a desistir de continuar fazendo companhia ao deputado Antônio Pereira no DEM.
O parlamentar destacou a luta intestina travada com a direção do partido para faze-lo crescer e deixou transparecer nas entrelinhas que alguns fatos o impediram de continuar lutando: “vende-se o político como quem vende babaçu, onde se faz o atrevimento e se arvorar a querer mandar num mandato que nada fizeram para que a gente pudesse conseguir”, observou.
Embora tenha denotado certa mágoa, disse que jamais jogará pedra na sua história no partido, no seu passado de militante. “A dignidade é um patrimônio que eu guardo comigo”, enfatizou.
Pires externou certa indignação com a montagem dos blocos que atuam na Assembleia Legislativa e disse que foi pelo caminho mais difícil, que seria ele e Antônio Pereira Antônio Pereira ficarem só. Para o parlamentar, usar cinco minutos com sabedoria é muito melhor do que 30 minutos com ignorância e ou com venalidade.
Sobre o novo partido, acrescentou: “Eu tenho o poder discricionário de escolher, mas não é fácil deixar um partido, o meu número sempre foi o mesmo, eu não mudo no mandato só, no ano só, só de três vezes num partido, eu não sei fazer isso, mas infelizmente vou ter que declinar desse meu comportamento para poder superar o momento que eu estou passando. Isso é injusto ou injustiça. Fique com vocês, pouco importa, o importante é que eu não seja Sancho Pança. Eu sei que na ingenuidade de Dom Quixote, quando olhou para aquela situação, levantou a arma, montado no seu rocinante cavalo, Sancho Pança, de lado, puxou uma arma e disse assim: “Vamos destruir os extraterrestres”. Na verdade eram redemoinhos que ele via. Era um ingênuo. Eu tive um pouco da ingenuidade quixotesca, mas eu também tenho a seriedade divina para saber o que é sucesso”, concluiu César Pires.