Com a longa conversa que teve com a
presidenta Dilma Roussef, na tarde de quinta-feira (25), o governador Flávio
Dino mostrou ao ex-ministro Gastão Vieira que não precisa de ‘pontes’ para
chegar ao principal gabinete da República. Explico: logo depois de amargar
derrota na disputa para o Senado, o ex-ministro do Turismo, disse, em
entrevista ao jornal O Imparcial, que o governador Flávio Dino encontraria
muitas dificuldades para chegar aos principais gabinetes do governo federal.
Ele se colocava à disposição do governador para ser a ‘ponte’ com o governo
Dilma.
Na oportunidade, ao comentar sobre as
pretensões de Gastão, eu afirmei que o governador, recém-eleito por um partido
da base do governo Dilma, o PCdoB, não precisaria de intermediários e de ‘atravessadores’
para abrir canais de diálogos com o governo federal. Além disso, Dino, até antes da
desincompatibilização, fora auxiliar de Dilma como presidente da Embratur, com uma avaliação positiva pelo próprio governo. Se
Gastão Vieira se achava com todo esse prestígio, por que não continuou como
integrante do governo? Outra coisa: Flávio Dino acabava de derrubar todas as ‘pontes’
que levavam o Maranhão ao atraso. Como querer, depois de uma derrota de seu
grupo, ser ‘ponte’ para um governo que já nasceu forte, com um amplo apoio
popular, e que pode ter projeção nacional?
A presidenta, em um momento de
conturbação política, jamais deixaria de receber o governador Flávio Dino, com
um índice recorde de aprovação pela população, por conta de ações enérgicas
adotadas nos dois primeiros meses de gestão. Com sua história e determinação, o
governador construir suas próprias ‘pontes’ para chegar à presidenta e a todos
os seus auxiliares. Foram-se os tempos em que governadores do Maranhão, que não
rezassem na cartilha do sarneysismo, não tinham acesso ao poder central.
Tenho
dito que o governador Flávio Dino tem tudo para se
projetar como liderança nacional, no momento em que o grupo liderado por
Lula e
Dilma não conta com um nome forte como alternativa. Muitos desses nomes
fortes do governo, e até mesmo do PT, foram se esvaindo diante de
sucessivos escândalos de corrupção.
Entendendo a necessidade de unidade para
fortalecimento de Dilma Roussef, Dino promete que vai trabalhar para arregimentar os
governadores do Nordeste para uma ‘defesa institucional’ do governo.
Blog do Gilberto Lima