Por Emerson Araújo
Findo o contexto pós-eleitoral que
sucedeu a eleição do candidato Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão e a consequente
escolha dos seus secretários para o mandato que se inicia, neste primeiro de
janeiro 2015, é necessário, agora, uma práxis administrativa com foco nas realidades
sociais e econômicas adversas deixadas pelo mando de cinquenta anos do grupo
sarneysista que vilipendiou de todas as formas o Estado.
Além do valor histórico e de todas as
simbologias que a vitória de Flávio Dino (PCdoB) gerou no período pós-eleitoral
se faz necessário a partir deste 1º de janeiro administrar com fundamento no
real posto, nas heranças maléficas que a oligarquia deixou e aqui não haverá
mais espaço para as utopias da campanha eleitoral, nem para as promessas de palanque que fizeram brilhar
rostos anônimos pelos rincões maranhenses de norte a sul, leste a oeste. Os
desafios serão muitos a começar pela mudança do hábito político das concessões
individuais que surgirão no bojo deste governo, para ações de políticas
públicas com olhar no coletivo, como dizia a epígrafe da grande aliança de nove
partidos e a metade do PT, o Maranhão é de Todos. Transformar o Maranhão num
Estado de todos, não pode e nem deve ser
transformado nas velhas práticas políticas do antigo regime sarneysista que
levou este ente federativo aos piores índices de desenvolvimento em todas as
áreas das políticas públicas que não foram implementadas para todos ao longo dos
últimos cinquenta anos.
Sem ser pessimista ao extremo, já se
sabe, que o início do Governo Flávio Dino encontrará uma série de dificuldades
emergentes advindas do legado nefasto da oligarquia para o povo do Maranhão e
se precisará de tempo e paciência para que os primeiros resultados das
políticas públicas prometidas na campanha possam chegar ao cidadão comum em
todas as regiões do Estado e isso é ponto pacífico.
Não é segredo pra ninguém, o Maranhão
amarga os piores índices de desenvolvimento na saúde, educação, segurança,
infraestrutura, geração de renda e emprego, além da falta de ações sociais para
reduzir a pobreza absoluta da maioria do povo pobre que não se teve até hoje. E
isso precisa ser revertido em curto, médio e longo prazo independente da austeridade
fiscal que possa ser adotada nos próximos dias pelo novo governador e isso é
ponto pacífico, também.
Mesmo neste quadro de dificuldades
que espera o novo governo a partir de hoje, uma verdade deve ser dita, ou seja,
o eleitor comum que deu vitória esmagadora a Flávio Dino em outubro passado, o
fez na crença de escolher o melhor candidato para dar as respostas devidas a
quase tragédia maranhense e que a terra das palmeiras não tenha mais a repetição de mais um fracasso político. Esta é a mais pura esperança, a realidade
mais efetiva do povo pobre que elegeu um cavaleiro para mudar as suas vidas a
partir de 1º de janeiro de 2015.
(*) Emerson Araújo – é professor e administrador do Blog Bate Tuntum.