O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), em discurso na tribuna do Plenário nesta terça-feira (11), propôs que os movimentos sociais e o povo criem uma “pressão da sociedade junto ao governo, não contra o governo”.
Inácio Arruda convoca pressão popular em apoio ao governo. Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
“Mais desenvolvimento social precisa de decisão política corajosa, e decisão política corajosa precisa de base de apoio. E base de apoio é o movimento social. Temos que chamá-lo para dentro do Palácio do Planalto, dialogar com ele”, conclamou o senador.
Inácio Arruda disse perceber uma movimentação do mercado no sentido de pressionar a presidenta Dilma Rousseff a reduzir investimentos públicos, o que prejudicaria o crescimento do país.
“O mercado e seus oráculos abrem uma bateria de pressão sobre a presidenta para fazer o Brasil controlar de tal sorte os gastos públicos que diminua a capacidade de a União, estados e municípios investirem”, criticou ele.
O senador alertou para o fato de que a redução de gastos públicos implicaria em prejuízo para a população mais pobre, e que a forma mais eficiente de reagir a isso é resgatar a mobilização que, na sua visão, serviu de base para as eleições de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nós devemos contrapor a essa pressão do mercado a pressão social, que tem peso, que tem importância. Foi essa pressão social que deu sustentação aos governos de Lula e de Dilma. As conquistas têm que avançar, têm que aumentar. Não devemos aceitar essa ideia de redução”, afirmou.
Para Inácio Arruda, a pressão do mercado serve a “ideias golpistas”. Para ele, “o mercado age para impor o programa que perdeu. Não devemos aceitar essa tese, que foi deixada de lado nas urnas e tenta prevalecer por outros meios”, alertou o senador.
Fonte: Agência Senado