Criado em março pelo presidente da EMBRATUR, Flávio Dino, o “Diálogos pelo Maranhão” faz escola pelo país afora.
Com o propósito de discutir problemas e apontar soluções para entraves do desenvolvimento do estado, o movimento já percorreu metade do Maranhão, servindo, inclusive, de inspiração para outros diálogos pelo Brasil.
O primeiro a beber na fonte da caravana da oposição maranhense foi o PSDB de São Paulo, que criou o “Diálogos com SP” para tentar entender as manifestações que levaram milhões de pessoas às ruas nos meses de julho e agosto deste ano. Meses depois, o presidenciável do partido, Aécio Neves, apareceu se oferecendo para conversar com os brasileiros.
Com o título “Diálogos pelo Bolsa Família”, a ideia também serviu de mote para discutir os efeitos positivos do Bolsa Família na vida dos brasileiros.
No Maranhão, o Diálogos já inspirou a deputada estadual Eliziane Gama (PPS). Por três vezes seguidas, a parlamentar tentou criar um movimento similar ao do comunista para percorrer o estado e promover a pré-candidatura dela à sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB).
A odontóloga Rosângela Curado, por sua vez, realiza na Região Tocantina uma extensão do Diálogos pelo Maranhão. É o Diálogos pelos Bairros, que percorre os municípios do sul, discutindo alternativas para os principais problemas da região.
A ideia de dialogar com os maranhenses cativou até o pupilo de Luís Fernando Silva, o atual prefeito de São José de Ribamar. Também presidente da Famem, Gil Cutrim se reuniu no sábado retrasado com os prefeitos, a fim de discutir soluções para o baixo desempenho do IDH dos municípios maranhenses, no evento denominado “Diálogos Municipalistas”.
O próprio Luís Fernando parece convencido da necessidade de dialogar. O que antes era “blá blá blá da oposição” acabou incorporado ao discurso do candidato da oligarquia.
Do Marrapá