SERVIDORES PÚBLICOS DE SANTA FILOMENA DO MARANHÃO EM GREVE – A LUTA CONTINUA!


Do Correspondente Prof.º Jean Carlos Gonçalves



Realizado na manhã de ontem (22/04/2013), mais um Ato Público dos servidores públicos do município de Santa Filomena do Maranhão - MA, para esclarecer à população em geral mais uma vez as razões que justificam o movimento grevista deflagrado em 05 de abril.
Esta já é a segunda greve neste ano. A paralisação é por tempo indeterminado e envolve não somente os profissionais do magistério, mas outras categorias, como vigia, motoristas e outros.

Entenda a greve

            Todos os servidores foram apanhados de surpresa no primeiro pagamento deste ano quando alguns tiveram o salário reduzido em quase 50%.
            O prefeito Francisco Assis Barbosa de Sousa, o Drº Chico, tentou justificar o injustificável, argumentando que as tabelas salariais do funcionalismo municipal referentes aos quatro anos anteriores não fora aprovadas pela Câmara Municipal, e, portanto, os vencimentos deveriam ser pagos conforme a tabela do ano de 2008. O chefe do Executivo só não divulga que a atribuição de enviar o projeto que reajusta as tabelas salariais compete a ele próprio e não ao SITESPEM, afinal uma instituição representativa de classe não é um dos poderes de nossa REPÚBLICA.

            É importante ressaltar que os valores salariais dos servidores durante o primeiro mandato de Drº Chico (2009-2012), foram discutidos e negociados em comum acordo entre o governo municipal e a direção do SINTESPEM. Deste modo, cabia ao prefeito enviar a proposta para ser aprovada pelos vereadores. O que não ocorreu. Isso é sério! Grave! Mas reitero não é dever do SINDICATO.

            Então, com o gestor Irredutível, sem abertura para soluções menos desgastantes, não restou alternativa: Greve dos servidores.
Iniciada no dia 08/03 e encerrada no 15/03 após longa negociação entre o governo e SINTESPEM, na oportunidade o PREFEITO reconheceu seu equívoco e fechou um acordo assinando um documento, no qual se comprometia em ressarcir os funcionários da diferença salarial referente aos meses de janeiro e fevereiro, além de encaminhar para a Câmara a tabela salarial de 2013 reajustada em 6% em relação a de 2012, o prefeito também se comprometeu com outros itens da pauta de reivindicações. Fechado o acordo, o gestor encaminhou a tabela 2013 para a Câmara, sendo a mesma aprovada. Mas, infelizmente, o acordo não foi cumprido, conforme o estabelecido. A diferença salarial dos meses anteriores não foi repassada integralmente, nem tão pouco, a nova tabela foi obedecida. Procurado mais uma vez pela direção do SINTESPEM, o prefeito inviabilizou qualquer negociações a partir do diálogo, e, mais uma vez, aos profissionais restou aderir em assembléia (05/04/2013) a um novo movimento paredista.

Na segunda-feira 08/04, realizou-se um Ato Público, no qual os servidores, liderados pelo presidente Ivaldo Lopes, Prof.ª Celiana e o sindicalista Luís, usaram de carro de som em caminhada pelas principais ruas da cidade, esclarecendo à população a real situação.

            Ontem, segunda 22/04, após quinze dias de paralisação fora realizado mais um Ato Público, dessa vez com a presença de lideranças sindicais de municípios da região e com a participação ativa das lideranças sindicais do estado nas pessoas do Presidente da Força Sindical – MA, Frazão Oliveira, do Presidente do SINTESPEM, Ivaldo Lopes e do Prof.º Gilvan,vice- presidente da FETRACSE-MA, alem de outras lideranças.

            A GREVE continua!
            É inadmissível o tratamento dado aos trabalhadores em pleno século XXI. Não se pode abdicar de direitos adquiridos com muita luta.
            Agora é aguardar o Judiciário dá seu parecer sobre o caso.
            Temos que ter confiança na Justiça, pois sabemos que estamos aparados pela nossa Constituição Federal, que estabelece: “Art. 7º, inciso VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.”

            A LUTA CONTINUA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
           
“Trabalhadores do mundo, uni-vos!”