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Jornalista Décio Sá assassinado em São Luís do Maranhão |
DE SÃO PAULO (UOL)
O Ministério Público do Maranhão denunciou 12 pessoas sob acusação de participação na morte do jornalista Décio Sá.
Entre os denunciados estão dois policiais civis, um policial militar, dois empresários e um advogado que, segundo a denúncia, promovia reuniões do grupo em seu escritório.
Sete denunciados já estão presos --incluindo o autor dos disparos e os dois empresários apontados como mandantes do crime--, três respondem em liberdade e dois continuam foragidos.
Sá foi morto a tiros em 23 de abril em um bar na avenida Litorânea, em São Luís.
Jhonathan de Sousa Silva, 24, que, segundo a polícia, confessou ter feito os disparos, disse em julho à TV Mirante que foi contratado porque o jornalista era "um fuxiqueiro, que metia o nariz em todo lugar e que estava prejudicando muita gente".
Sá mantinha um blog em que escrevia sobre crimes ocorridos no Maranhão e em outros Estados do Nordeste.
AGIOTAGEM
"O crime, além de ter sido brutal e covarde, demonstra uma organização criminosa de agiotagem que trabalhava para se locupletar por meio da extorsão de várias prefeituras do Maranhão", afirma o promotor Luís Carlos Duarte.
O grupo é acusado por crimes como homicídio triplamente qualificado --cometido em troca de pagamento, em situação de emboscada e para assegurar a ocultação ou impunidade de outro crime-- e formação de quadrilha.
As penas podem variar de 12 a 30 anos de prisão.
A Promotoria tenta identificar um outro suspeito de participação no assassinato, identificado até agora apenas como "neguinho barão".
A reportagem não conseguiu localizar nenhum dos denunciados nem seus advogados na manhã desta quarta-feira (19). (REYNALDO TUROLLO JR.)