Urgente: suspeito de matar estudante da UFPI tem prisão preventiva decretada

Thiago Mayson, teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça do Piauí neste domingo (29/01), ele é o principal suspeito de estuprar e matar a estudante de jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Janaína da Silva Bezerra, nesse sábado (28/01), dentro da universidade. A decisão, obtida pelo 180graus, foi expedida pela juíza Haydee Lima de Castelo Branco.

Na decisão, a juíza relatou que a prisão do suspeito é necessária para assegurar a ordem pública, “dessa maneira, é imprescindível a decretação da prisão preventiva de Thiago Mayson da Silva Barbosa, para fins de assegurar a ordem pública, fundamentando tal conclusão, na forma do art. 315, CPP, nas circunstâncias concretas do delito imputado ao custodiado, até então elucidadas, de forma provisória, notadamente, o modus operandi, que aponta para a necessidade de decretação de medida excepcional”, explanou a magistrada.

O Laudo:

O Instituto de Medicina Legal do Piauí emitiu a Declaração de Óbito de Janaína da Silva Bezerra, estudante morta nesse sábado no prédio da Universidade Federal do Piauí, em Teresina. A causa da morte aponta para trauma raquimedular por ação contundente, ou seja, houve uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e a morte.

Segundo a legista, a ação contundente pode ter sido causada por pancada, torcendo a coluna vertebral ou traumatizando, ação das mãos no pescoço com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso.

Em depoimento à Policia Civil, o suspeito com as iniciais T. M. S. B afirmou que já conhecia a vítima e teriam “ficado” em outras ocasiões. O acusado disse que estavam em uma “calourada” na UFPI e que por volta das 2h convidou a jovem para seguirem a um corredor e em seguida se dirigiram a uma das salas de aula onde praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada por duas ocasiões, sendo a última por volta das 4h. Ele alega que permaneceu ao lado do corpo da vítima durante toda a madrugada e solicitou socorro à segurança da Universidade por volta das 9h, que conduziu a vítima ao Hospital da Primavera, onde foi constatado o óbito.

No início da manhã o Francisco Costa, o Barêtta, já havia apresentado um laudo preliminar, nele apontava que a jovem foi "abusada sexualmente de foma violenta e teve o pescoço quebrado".

Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa - DHPP, foram adotadas todas as providências necessárias para o fiel esclarecimento do caso, com a realização de entrevistas e a realização de exames periciais, além de perícia no local do crime. O inquérito policial será concluído em até dez dias.

UFPI suspende atividades devido à morte de estudante de jornalismo após calourada

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou neste domingo (29/01), que estão suspensas desta segunda-feira (30/01), as atividades acadêmicas e administrativas no Campus de Teresina, em função do Luto Oficial decretado pela UFPI em memória da aluna Janaina da Silva Bezerra.

"O momento é de solidariedade entre todos que compõem a comunidade acadêmica, profundamente consternados com o trágico falecimento de Janaina. A Administração Superior informa ainda que tem prestado apoio contínuo à família da vítima, desde as primeiras horas após ocorrência do fato, com interlocução junto às autoridades de segurança do Estado e com providências para viabilizar velório e sepultamento", finaliza a nota.

Alunos farão homenagem.

Estudantes do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí (UFPI), organizarem uma programação de homenagens a Janaína da Silva Bezerra, estudante de Jornalismo violentada sexualmente e morta neste sábado (28/01).

Segundo o Centro Acadêmico, será realizada uma vigília e caminhadas junto à comunidade e amigos, em memória de Janaína. As homenagens se iniciam a partir das 16h de segunda-feira (30/01). O ponto de encontro será na praça em frente à Reitoria (UFPI), com uma caminhada até o Carretel, onde homenagens serão prestadas.

"O Carretel é o espaço de convívio dos estudantes de jornalismo, e o local que recebemos os calouros, que nos manifestamos artisticamente, que trocamos afeto. Por isso, será nosso ponto central de homenagem à Jana. Em reverência também à ciclicidade da vida, que ela destaca em um de seus poemas. Será um momento de reflexão, coletividade e celebração à sua memória! Em memória, aos que queiram trazer velas, cartazes e balões, esse espaço estará aberto para acolher as manifestações e as homenagens.", explica a nota.


180Graus/Teresina

Brandão anuncia auxílio da Força Estadual de Saúde em apoio aos Yanomami

O governador Carlos Brandão anunciou em suas redes sociais que disponibilizou o envio da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma) para a missão humanitária federal na terra indígena Yanomami, em Roraima. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (24).

O governador falou da importância de contribuir para minimizar a situação dramática vivida pelos indígenas. “Temos acompanhado a situação do povo Yanomami e disponibilizei o envio de uma equipe da Força Estadual de Saúde do Maranhão para auxiliar na assistência aos indígenas em Roraima. Vamos contribuir com as ações do Ministério da Saúde”, declarou.

Brandão classificou, ainda, a situação como inaceitável e afirmou que trabalhará ao lado do presidente Lula para a proteção dos povos originários no Maranhão e no Brasil.

O secretário de Estado da Saúde, Thiago Fernandes, reiterou as ações que estão sendo tomadas pelo governo do Estado do Maranhão para o auxílio aos povos indígenas.

“Por determinação do governador Carlos Brandão, colocamos à disposição do Ministério da Saúde os profissionais da Fesma. Nossa equipe tem experiência no acompanhamento de povos indígenas no Maranhão e poderá auxiliar na assistência ao povo Yanomami, em Roraima. Cuidar das pessoas é a nossa missão”, postou o secretário em sua rede social.

A Força Estadual de Saúde do Maranhão deverá se juntar à Força Nacional do SUS, ao Exército e às delegações de outros estados que também têm se deslocado até Roraima. Os Yanomami têm enfrentado uma crise humanitária causada pelo abandono das políticas públicas destinadas aos indígenas e à expansão do garimpo ilegal nos últimos quatro anos, de acordo com informações do Ministério dos Povos Indígenas.

Os trâmites estão sendo discutidos com o Ministério da Saúde, com a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima e também com a do Maranhão.

Blog do John Cutrim

"Fratura de confiança" foi o que fez Lula mudar o comando do Exército

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou neste sábado o atual comandante do Exército, o general Júlio César de Arruda, e indicou para o cargo o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que hoje é comandante militar do Sudeste.

O anúncio oficial da troca foi feito à noite no Palácio do Planalto pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que falou em "fratura no nível de confiança" na relação com o comando do Exército após os episódios dos acampamentos e do dia 8 de janeiro.

"Nós achávamos que nós precisávamos estancar isso logo de início, até para que nós pudéssemos superar esse episódio", disse Múcio aos jornalistas, tendo ao lado o general Paiva, que não deu declarações.

"Por isso conversamos hoje com o general que estava no comando, logo cedo, o general Arruda, a quem eu faço as minhas melhores referências, e queria apresentar aqui aos senhores o seu substituto, o general Tomás, que a partir de hoje é o novo comandante das Forças Armadas, do Exército brasileiro", acrescentou o ministro.

Múcio falou após reunião com Lula, que chegou a Brasília vindo de Boa Vista no final da tarde, após a notícia da exoneração de Arruda já ter vindo à tona com informações não oficiais, e foi ao Planalto.

A troca de comando no Exército, noticiada mais cedo pela Reuters com base em informações de fontes, ocorre em meio a uma crise militar no governo após os ataques de bolsonaristas radicais aos Três Poderes em 8 de janeiro. Dias depois dos ataques, que teve a participação de manifestantes pró-golpe militar que faziam acampamentos em frente ao QG do Exército em Brasília, Lula demonstrou ter desconfiança na cúpula militar e acusou "gente das Forças Armadas" de ter sido conivente com a depredação em Brasília.

Na sexta-feira, o presidente se reuniu com Arruda e os comandantes da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e da Força Aérea, Marcelo Kanitz Damasceno, em Brasília.

Após o encontro, Múcio disse a jornalistas que as ações de 8 de janeiro não foram o tema principal da reunião, mas frisou que haveria punição se comprovada a participação de militares nos atos violentos. "Entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas, mas se algum elemento teve envolvimento pessoal, vai ser apurado", afirmou.

Arruda foi indicado pelo ministro Múcio ainda antes da posse de Lula, no início de dezembro, respeitando critério de antiguidade no Exército --ele é o mais antigo general quatro estrelas da ativa. Em entrevista à imprensa na ocasião, Lula disse que as Forças Armadas têm uma missão nobre e destacou ter tido uma relação "extraordinária" com os militares na primeira vez que governou o país.

Arruda assumiu o cargo de forma interina ainda no governo Jair Bolsonaro, a dois dias da posse de Lula.

Uma das fontes afirmou à Reuters que pode ter pesado para a demissão de Arruda uma possível resistência do general à reversão da nomeação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, para o Comando de Operações Especiais, com sede em Goiânia.

Na sexta-feira, quando veio à tona no portal Metrópoles a informação sobre a nomeação, o tema causara tensão entre o ministro da Defesa e o comandante, disse a fonte.

Múcio não fez referência ao caso do ajudante de ordens na breve fala à imprensa.

"Evidentemente, depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do dia 8 de janeiro, as relações, principalmente do comando do Exército, sofreram uma fratura no nível de confiança", disse o ministro.

O general Paiva, que agora substituirá Arruda no comando do Exército, fez na sexta-feira um discurso contundente em defesa do respeito ao resultado das eleições.

Falando em cerimônia que homenageou militares mortos no Haiti, Paiva disse que o Brasil vive atualmente um "terremoto político", tendo como pano de fundo a desinformação, e afirmou que é papel das Forças Armadas defender a democracia.

"Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna", discursou Paiva. "Esse é o papel de quem é instituição de Estado."

(Reportagem de Lisandra Paraguassu, com reportagem adicional de Isabel Versiani e Ricardo Brito)