1.0 O CHAMADO DO SENHOR
No segundo semestre de 1987 recebemos o convite da Igreja Cristã Evangélica em Presidente Dutra para assumirmos o seu pastoreio, após refletirmos e orarmos ao Senhor, eu e minha esposa, decidimos aceitar o convite e, em janeiro do ano seguinte eu, Dalva, Zayne e Zayra chegávamos a tão conhecida cidade de Presidente Dutra – MA.
O que motivou a tomada de decisão foi a visão de enxergar nesta cidade-eixo, como a exemplo de Jerusalém, cercada de outros municípios, ponto de ligação do Norte para o Nordeste e, como descrito em Atos capítulo 8 que nos ensina que, “mas, recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra”. Assim, foi a visão que o Senhor nos deu de que esse trabalho alcançaria muitas vidas, pois, Presidente Dutra, em um raio de 19 a 100 km possui em seu entorno, um total de 17 cidades que como a história mostra, afluiriam a querida PK para nela construírem seu futuro.
Ao chegarmos na primeira igreja, fomos muito bem recebidos e percebemos na liderança da igreja-mãe, um sentimento de crescimento, uma ousadia para ampliar as tendas, esse sentimento nos motivou a começar um processo de identificação das famílias que seriam engajadas para este ministério.
O ponto de partida para o inicio dos trabalhos de evangelização e expansão da igreja foram os pontos de pregação que já tínhamos, pois foi isso que o Senhor nos ensinou por meio do que disse a Moisés ao estar diante do mar vermelho “o que tens em tua mão” Ex 4,2.
2.0 A PRIMEIRA CONGREGAÇÃO: alargando a tenda No segundo semestre de 1987 recebemos o convite da Igreja Cristã Evangélica em Presidente Dutra para assumirmos o seu pastoreio, após refletirmos e orarmos ao Senhor, eu e minha esposa, decidimos aceitar o convite e, em janeiro do ano seguinte eu, Dalva, Zayne e Zayra chegávamos a tão conhecida cidade de Presidente Dutra – MA.
O que motivou a tomada de decisão foi a visão de enxergar nesta cidade-eixo, como a exemplo de Jerusalém, cercada de outros municípios, ponto de ligação do Norte para o Nordeste e, como descrito em Atos capítulo 8 que nos ensina que, “mas, recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra”. Assim, foi a visão que o Senhor nos deu de que esse trabalho alcançaria muitas vidas, pois, Presidente Dutra, em um raio de 19 a 100 km possui em seu entorno, um total de 17 cidades que como a história mostra, afluiriam a querida PK para nela construírem seu futuro.
Ao chegarmos na primeira igreja, fomos muito bem recebidos e percebemos na liderança da igreja-mãe, um sentimento de crescimento, uma ousadia para ampliar as tendas, esse sentimento nos motivou a começar um processo de identificação das famílias que seriam engajadas para este ministério.
O ponto de partida para o inicio dos trabalhos de evangelização e expansão da igreja foram os pontos de pregação que já tínhamos, pois foi isso que o Senhor nos ensinou por meio do que disse a Moisés ao estar diante do mar vermelho “o que tens em tua mão” Ex 4,2.
Passo a passo fomos tornando em congregação os pequenos pontos de pregação do evangelho que a primeira igreja em Presidente Dutra tinha, para isso, identificando pessoas com o coração na obra do Senhor e que fossem exemplo dos fiéis conforme TM 2,2 “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensiná-las a outros”, sem hesitar, a igreja mãe separou alguns irmãos para assumirem os pontos de pregação.
Através da oração e do relacionamento com os irmãos, Deus foi nos mostrando essas famílias que em seguida foram distribuídas na primeira congregação, que hoje é a segunda igreja e outras três famílias para a segunda congregação que hoje é a terceira igreja.
A partir daí, o crescimento foi dado por Deus, nos dando estratégias, mostrando possibilidades de evangelização, superando adversidades que, naturalmente, surgiriam ao longo do processo, lembro-me, por exemplo, dos cultos evangelísticos no ponto de pregação do que seria adiante a futura primeira congregação (segunda igreja).
Realizados na calçada da família José Pereira (José Balera) e Creuza sua esposa, interessante que apenas a esposa era cristã e o sr. José não assistia aos cultos que se realizavam em sua calçada. A bem da verdade, seu José não era contra a realização dos cultos, apenas, estava tendo a resistência natural de quem não conhece a Cristo, cito essa situação para lembrar que, por muitas vezes, na sala assistindo a televisão, seu José “atrapalhava” o andamento do culto, mas isso, não nos fez parar pois sabíamos que Deus nos daria a vitória.
Cito aqui que irmã Creuza e seus filhos muito colaboraram com o inicio dos trabalhos do que hoje é nossa segunda igreja.
Outro momento curioso dentre tantos em nossos trabalhos na congregação que quero destacar foi ao termos o apoio do Missionário vindo da Alemanha Pastor Andreas Ekkes que, ministrando a palavra, perguntou ao querido irmão Silva, grande colaborador da obra, mas que era de perfil simples, ao ser questionado pelo pastor Andreas o sentido de um texto lido e, o irmão Silva, não sabendo o que responder-lhe ficou olhando o missionário procurando o que dizer, ao que, recebeu como resposta do nosso querido pastor Andreas a seguinte frase “irmão Silva, a resposta está na Bíblia e não na minha cara”. Esse choque de culturas também é muito comum em missões transculturais e são mais um desafio ao trabalho de evangelização.
Além deles, outras famílias também foram muito importantes no momento de nascedouro da segunda igreja que, podemos afirmar que nasceu por fé, na calçada dos lares de amigos e irmãos para uma pequena sala, bem pequena mesmo, onde demos continuidade aos cultos que dalí se projetou a construção do belíssimo templo da segunda igreja que hoje temos em nossa cidade.
As primeiras famílias indicadas pela diretoria da primeira igreja a comporem esse grupo de trabalho foram os casais: Baziliano Nunes Barros e esposa Adalgisa (Ziza), Mário Santos Moreira e sua esposa Maria José (Mazé) e também o casal Jonas Barros e sua esposa Heldeni (Helda).
Um ponto que muito me chama a atenção no inicio dos trabalhos foi o impacto desses queridos irmãos em aceitar o desafio de começar um novo trabalho. Isso é algo que sempre acontece ao iniciar os trabalhos evangelísticos, Jesus nos chama a sairmos da zona de conforto e plantarmos frutos que muitas vezes não nos sentimos capazes de fazê-lo.
Lembro-me de um dentre tantos momentos de direcionamento aos casais para assumirem o ponto de pregação e ouvir de nossa querida irmã Ziza que se sentia deslocava ao deixar de participar como aluna da escola bíblica dominical, a qual ela fazia parte a muitos anos, e passar a compor esse trabalho em outro local, recordo-me que ela dizia “sentir-se” excluída da convivência dos irmãos da igreja mãe.
Realmente, quando o Senhor nos manda irmos até Judéia, Samaria e confins da terra, essa ordem é para sairmos do nosso habitat natural no qual nos sentimos bem, acolhidos, seguros e passarmos a evangelizar, discipular e integrar os salvos no corpo de Cristo.
Importante salientar que, enquanto ponto de pregação, não havia um dirigente para o trabalho e sim, o apoio da igreja mãe e sua liderança na condução das atividades semanais, a partir da primeira sala construída, tivemos alguns pastores e suas famílias que apoiaram a condução dos trabalhos, dentre eles, citamos aqui o pastor Moisés Gomes Lopes, pastor Ramalho Dantas, Pastor João Evangelista, também apoiaram com muito zelo o trabalho, os dirigentes autorizados Neuton Avelino e Antônio Marcos e o casal alemão Andreas Ekes e família, dentre muitos outros irmãos que Deus, bondosamente nos enviava e assim o trabalho foi prosperando.
Essas são apenas algumas das muitas experiências para que alcançássemos o que temos e somos: uma congregação organizada em igreja e afiliada ao rol de igrejas da AICEB (Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil).
Outro trabalho a destacar foi o que fez nascer a Terceira Igreja Cristã Evangélica em Presidente Dutra. O inicio dos trabalhos, seguiu o mesmo caminho que o da segunda igreja, a diretoria da igreja mãe separou-nos famílias para que iniciássemos os trabalhos com a comunidade da vila militar e adjacências.
O trabalho começou com o apoio da Visão Mundial, agência missionária internacional, que em parceria com a Igreja Cristã Evangélica, aqui em Presidente Dutra instalou uma associação com fins de evangelização por meio do apoio financeiro às famílias carentes do bairro.
Um fato importante a destacar é que a inicio, os trabalhos beneficiaram-se do apoio que esta agencia missionária dava, pois, tendo esse suporte financeiro, as famílias procuravam a associação, contudo, percebemos a necessidade de apresentar-lhes o evangelho, conforme aprendemos do nosso Senhor Jesus Cristo: de forma integral e não apenas o assistencialismo.
Inicialmente, tivemos algumas dificuldades em fazê-los compreender que de nada adiantaria eles receberem uma cesta básica ou um medicamento, pois a maior graça na vida do ser humano e render-se a Cristo. Aqui reforço a experiência de trabalhos com suporte financeiro ou alimentar de evangelização como sendo uma benção para atrair pessoas, contudo, é fundamental que quem está à frente dos trabalhos, não perca o principal objetivo da igreja: a salvação das almas.
As primeiras famílias a assumirem o ponto de pregação do que viria a ser a segunda congregação e a posterior a terceira igreja foram o irmão Mario Silva e Maria das Dores (Dorinha), José Armando e irmã Dórica, o Baziliano Filho (Basuzinho) e sua esposa irmã Nete, foram essas as três primeiras famílias.
Um fato interessante foi que o trabalho inicialmente não se desenvolvia, o trabalho começou com poucos frutos, o que levou por vezes ao pensamento de desistirmos da obra por acharmos que aquele trabalho não prosperaria, há um momento curioso que exemplifica as dificuldades vividas no inicio dos trabalhos da segunda congregação que foi, durante as reuniões administrativas de avaliação do campo evangelístico, a querida irmã Dorinha, incansável na obra do Senhor, chegou a afirmar que o trabalho não vingaria e, de forma descontraída, brincou que “naquele lugar tinham enterrado uma cabeça de jumento”, certamente, esse comentário nos rende até hoje, risos da forma engraçada como nossa irmã descreveu as dificuldades enfrentadas ao longo da trajetória que foi percorrida.
Todavia, como sempre ocorreu na história da igreja do Senhor, as dificuldades foram portas abertas para novas oportunidades e, dado então que as pessoas não vinham à igreja, os irmãos começaram a levar a igreja ao povo nas casas por meio de trabalho de visitação, trabalho esse até os dias de hoje é marca registrada e faz parte do DNA da terceira igreja, como sendo uma igreja que visita lares, hospitais e onde as pessoas precisam de ajuda.
A atitude da congregação de ir às casas teve como efeito o envolvimento de novos irmãos que, viram nesse trabalho de evangelização nos lares, uma porta aberta pelo Senhor para que a obra se estabelecesse como congregação e, uma vez organizada como congregação e com esse ritmo de evangelização implantado, o trabalho recebeu apoio de um casal de missionários suíços: Rolf e Paula que vindos enviados pela MICEB somaram forças na evangelização e estruturação de equipes de trabalho na congregação, dentre esses trabalhos, cita-se aqui a criação do coral, o trabalho com crianças e o suporte financeiro para o custeio da congregação recém instalada.
Quero destacar aqui ainda a forma orgânica como igreja foi sendo organizada, pois, no inicio dos trabalhos, o então missionário Ramalho Dantas, que, saindo da segunda congregação, foi enviado ao seminário com sua família para lá, durante seus quatro anos de formação, preparar-se para servir ao reino de Deus, sem saber naquele momento que, após a conclusão do seminário viria a ser convidado para ser o futuro pastor da segunda congregação que a posterior tornou-se a terceira igreja.
Veja como é maravilhoso o trabalhar do nosso Deus que, tem um projeto arquitetado e vai nos desvelando à medida em que caminhamos de fé em fé (HB 11) confiantes naquele que é o autor e mantenedor da obra.
Cabe aqui destacar com clareza que, a igreja mãe foi sempre uma apoiadora e mantenedora dos trabalhos, também na questão da infraestrutura, na cessão de pontos estratégicos, em ceder irmãos para apoiar nos pontos de pregação e congregações, durante todo o processo de nascedouro das igrejas filhas, nunca houve ciúme ou preocupação de déficit de caixa ao deslocar irmãos para esses trabalhos, ao contrário, quando necessário a igreja sempre apoiou ações de evangelização e consolidação das igrejas filhas.
Sobre isso, um episódio que destaca esse desprendimento da primeira igreja foi no processo de construção do tempo da segunda ICE, pois, até aquele momento, a igreja-mãe permanecia em seu primeiro templo localizado no centro de Presidente Dutra em frente ao Bradesco e não tinha como crescer por limitações do próprio local onde estava instalada, assim, não demorou para que houvesse o dilema de que a segunda teria seu templo terminado e a mãe continuaria pequena e apertada.
Todavia, a soberania de Deus foi manifestada de forma surpreendente, pois, não apenas lançou-se a pedra inaugural da construção do templo da Segunda Ice e sua construção veio a consolidar-se como, tempos depois, a igreja mãe adquiriu a área nobre do terreno localizado na Avenida Olavo Sampaio onde hoje está construído o belíssimo templo da Primeira Igreja Cristã Evangélica em Presidente Dutra.
A escolha do templo seguiu o que afirma o nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 19,26 “para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis”, pois, eu como pastor da Igreja Cristã Evangélica e nossa diretoria já havíamos concordado quanto à necessidade de um novo local para nossa igreja, contudo, não tínhamos recursos suficientes para comprar um local adequado, lembro-me de uma certa feita em que, ao passarmos em frente ao terreno onde hoje se encontra nossa primeira igreja, a estimada irmã Marlene olhando para o terreno disse “esse local seria o ideal para nossa igreja, né pastor”. Eu, já sonhava com aquele local e sempre que passava imaginava que, se não fizéssemos algo, a oportunidade passaria. Compreendi na fala da estimada irmã uma confirmação de que deveria levar em frente a ideia da aquisição do terreno. Assim, num espaço de tempo de cerca de vinte anos, a igreja do Senhor multiplicou-se por três, Aleluias!
Hoje as igrejas filhas segunda e terceira ICE são igrejas vibrantes, auto sustentáveis administrativa e financeiramente e que fazem a diferença em nossa cidade, contando com trabalhos de evangelização nos presídios, trabalho de arrecadação de alimentos para famílias carentes, projetos de evangelização de grande impacto na cidade como a evangelização nos bairros, festival do milho e de frutas, dentre muitas outras ações que visam a expansão do reino de Deus e consolidação do trabalho que começou de forma tão humilde e singela.