Nesta terça-feira (6), o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA), usou o espaço na tribuna virtual da Câmara para reforçar a urgência na apreciação da Medida Provisória 1000/2020, que trata da prorrogação do auxílio emergencial pago a trabalhadores mais afetados pela pandemia do coronavírus.
Crítico à redução do valor, como proposto pelo governo de Jair Bolsonaro, Jerry tem defendido a manutenção dos R$ 600 pagos durante os seis primeiros meses de crise sanitária. “Bolsonaro sempre contra o nosso povo. Era e continua sendo contra o auxílio emergencial”, lamentou o parlamentar.
A equipe econômica do governo anunciou no dia 1º de setembro a prorrogação do benefício, mas cortando-o pela metade. Repetindo a movimentação de março deste ano, quando Bolsonaro chegou a propor apenas R$ 200 para apoiar as família brasileiras, o Congresso promete brigar para ampliar o valor.
Assim como Jerry, os parlamentares se baseiam em estudos como aquele divulgado no fim de setembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), que apontou que 4,25 milhões de domicílios brasileiros sobreviveram, no período de crise sanitária, apenas com a renda do auxílio, o que corresponde a 6,2% dos lares do país.
O novo valor do auxílio anunciado por Bolsonaro também não é suficiente para comprar sequer a cesta básica nas capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com um levantamento feito pela instituição, o preço mais baixo da cesta foi registrado em Aracaju, por R$ 398,47. O mais elevado, em São Paulo, por R$ 539,95. O benefício estabelecido pelo governo foi de R$ 300 e deve vigorar entre setembro e dezembro deste ano.
Blog do Jorge Vieira