
"O jornalista Clóvis Rossi, decano da Redação da Folha, morreu na madrugada desta sexta (14) em São Paulo. Ele tinha 76 anos e estava em casa, onde se recuperava de infarto tido na semana passada, Deixa mulher, com quem estava havia mais de meio século, três filhos e três netos. Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, Rossi publicou seu último texto na quarta (12). Intitulado 'Boletim Médico', ele era, segundo o jornalista, 'uma satisfação devida ao leitor, se é que há algum". Seu estilo irônico e descontraído continuava no agradecimento aos colegas do jornal. "Até mentiram dizendo que estavam sentindo a minha falta', escreveu", informa a Folha de S. Paulo.
"Nascido em 25 de janeiro de 1943 no bairro do Bexiga, em São Paulo, filho de seu Olavo, vendedor de máquinas pesadas, e dona Olga, artesã de grinaldas e buquês de flores, ele se formou em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Rossi começou no jornalismo em 1963. Trabalhou nos jornais Correio da Manhã, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Teve ainda passagens pelas revistas Isto É e Autoesporte e pelo Jornal da República e manteve blog no espanhol El País. Estava desde 1980 na Folha. Ganhou vários prêmios jornalísticos, entre eles o Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, e o da Fundação Nuevo Periodismo Ibero-Americano, criada por Gabriel García Márquez."
O velório o enterro ocorrerão no Cemitério Gethsêmani, em São Paulo. Não há ainda previsão de horário para o início do velório. O enterro será no sábado, às 9h.
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