Em entrevista ao jornal O Povo, de Fortaleza, publicada na edição de hoje, o governador Flávio Dino falou sobre a lógica do governo Bolsonaro em cultuar extremismos e sectarismos.
Ele citou como exemplo as últimas três demissões que mostram essa vocação ínsita do governo: a demissão do presidente dos Correios, a do general Santos Cruz (secretaria do Governo) e a do presidente do BNDES, Joaquim Levy.
“Portanto, é um governo que se alimenta, vive e precisa de confusões para poder, supostamente, se sustentar. Isso é arriscado, perigoso, porque pode conduzir, em algum momento, à própria ruptura da democracia”, frisou Dino.
Para ele, por outro lado, o que dá esperanças é que existe uma alta capacidade de resistência e de reconstrução do Brasil e, nesse sentido, o governador considera que as mobilizações recentes pelo país em defesa da educação mostraram que há potência cidadã capaz de resistir a retrocessos e, ao mesmo tempo, propor novas alternativas.
“Então, é aquilo que Paulo Freire dizia: a realidade é feita de sonhos e contras sonhos. Acho que quando olhamos o panorama enxergamos pontos preocupantes, mas, ao mesmo tempo, também acho que há sinais de que é possível defender e reconstruir o Brasil”, ressaltou Flávio Dino.
Blog do Jorge Vieira