Na semana passada, dez partidos assinaram termo de compromisso com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para evitar a disseminação das chamadas “fake news” (notícias falsas) durante a campanha eleitoral deste ano. Curiosamente, o PMDB da ex-governadora Roseana Sarney e do oligarca José Sarney preferiu não firmar tal acordo.
A ausência do partido de Roseana no pacto é clara: disseminar fake news é uma das únicas estratégias do clã Sarney para tentar conter o avanço dos seus adversários.
Reunimos abaixo as seis maiores fake news do grupo Sarney em 2018. O teor das farsas é impressionante:
Ofício autorizando espionagem no Maranhão
Em abril, após um tenente-coronel enviar ofício sem consentimento do Comando da PM para que fosse feito monitoramento eleitoral em municípios maranhenses, a mídia ligada ao grupo Sarney propagandeou a falsa notícia de que a ordem teria partido do governador Flávio Dino. Era tudo uma grande farsa. Dino mandou demitir ao “autor do disparato”, e em editorial o jornal O Estado teve que reconhecer que o governador nada tinha a ver com o episódio.
Assassinato do médico Mariano Castro
No dia 19 de abril, a TV Mirante veiculou uma grande reportagem insinuando que o médico Mariano Castro e Silva, investigado em esquema de corrupção, teria sido assassinado. Menos de dez dias depois, a TV de Sarney desmentiu a própria versão ao confirmar que o médico cometeu suicídio, conforme atestou laudo do Departamento de Homicídios e Proteção à Vida do Piauí.
Acusação de presidiário contra Jefferson Portela
Blogs comandados pelo grupo Sarney difundiram por longo período, que era verdadeiro o depoimento de um PM preso, que acusava o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, de induzi-lo a mentir. Na realidade a versão difundida pelos escribas de Sarney era mentirosa. Procuradores da República no Maranhão comprovaram que o policial militar mentiu ao depor.
O caso Agnaldo Timóteo
Uma das últimas mentiras espalhadas pela mídia controlada pela família Sarney envolveu o cantor Agnaldo Timóteo. O jornal O Estado do Maranhão publicou notícia falsa insinuando que o cachê a ser pago pela apresentação do artista durante festa de aposentados no São João do Maranhão seria de R$ 250 mil. O periódico teve que se retratar após vir à tona que o valor surreal divulgado por O Estado era falso.
Flávio Dino com IPVA atrasado
A oposição vinculada ao grupo Sarney tentou emplacar notícia falsa até sobre suposta falta de pagamento do IPVA do carro do governador Flávio Dino. A Secretaria de Comunicação Social e Assuntos Políticos (Secap) confirmou que o veículo Ford Edge, de uso do Gabinete Militar do Governo do Maranhão, estava com o licenciamento em dia.
Dívida vira “lavagem de dinheiro”
O blogueiro Caio Hostilio, ex-sócio de Ricardo Murad em um jornal, faz uma “denúncia” à Procuradoria Geral da República. Uma produtora de vídeos emitiu duas notas para a campanha de Flávio Dino, uma de R$ 500 mil e outra de 800 mil. Recebeu a primeira e não a segunda. Para o blogueiro, seria “lavagem de dinheiro”. Acontece que a dívida está registrada na Justiça Eleitoral, onde as contas de campanha do governador foram aprovadas.
Blog do Jorge Vieira