
Isso mesmo, é o preço de cada ovo, não de uma dúzia.
Este fenômeno acontece em Tietê, terra natal de Michel Temer, do MDB, município que, não por acaso, é governado pelo PSDB, prováveis partidos aliados na eleição presidencial.
Isso não acontece só com o ovo, mas com os demais produtos da merenda escolar, uniforme, material e até limpeza de escolas em Tietê _ um superfaturamento de, no mínimo, R$ 366 mil descoberto pela Operação Prato Feito, da Polícia Federal.
O prefeito de Tietê é Vlamir de Sandei, do PSDB, mas isso não consta da nota publicada no portal G1 às 9h19 desta quinta-feira.
Também é do PSDB o prefeito de Mongaguá, no litoral paulista, Artur Parada Prócida, preso pela Polícia Federal na mesma operação, com R$ 5,3 milhões em dinheiro vivo encontrados em sua casa (ver post anterior).
Pelo jeito, tucano gosta de merenda.
Em Tietê, a fiscalização apontou preços exorbitantes pagos pela prefeitura, em que a empresa Coan diminuía ou não fornecia os alimentos previstos nos cardápios e, quando fornecia, não eram nas quantidades declaradas”, informa o G1.
As investigações da PF mostraram que a “máfia da merenda” se espalhou, desde 1999, por municípios de São Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal, com o envolvimento de 13 prefeitos e quatro ex-prefeitos, empresários e funcionários públicos.
Quer dizer, há quase 20 anos esta turma vinha, literalmente, tirando o pão, o leite e o ovo da boca das criancinhas. Só agora foram descobertos.
Quantas vítimas indefesas eles fizeram neste meio tempo? Se existe um crime hediondo, é este.
Vida que segue.