DILMA CRITICA DESTRUIÇÃO DO FARMÁCIA POPULAR: O GOLPE FAZ MAL À SAÚDE

Elza Fiuza-EBC/Fernando Donasci
Por Dilma Rousseff, em seu site - O governo golpista está acabando com o "Aqui Tem Farmácia Popular", um dos programas mais importantes já implantados no Brasil para garantir o acesso da população a medicamentos.

O "Aqui Tem Farmácia Popular" é uma rede de dezenas de milhares de drogarias privadas credenciadas pelo governo para oferecer 42 medicamentos, 25 dos quais de graça e os demais com descontos de até 90%. São remédios para o tratamento de algumas das doenças que mais atingem os brasileiros, como hipertensão, asma e diabetes.

Criado pelo presidente Lula em 2006, o "Aqui Tem Farmácia Popular" foi ampliado por mim e tornou-se uma referência mundial. Durante o meu governo, o "Aqui Tem Farmácia Popular" chegou a ter uma rede de quase 35 mil drogarias credenciadas, atuando em 4.282 municípios. Nessa rede, quase 18 milhões de pessoas puderam comprar medicamentos com desconto e 30,5 milhões retiraram medicamentos gratuitamente, a partir da criação, em 2011, do programa "Saúde Não Tem Preço".

Para se ter uma ideia da importância e do alcance do "Aqui Tem Farmácia Popular", o número de diabéticos e hipertensos beneficiados passou de 853 mil, em janeiro de 2011, para 26,8 milhões, em março de 2016, um crescimento de 837,6%.

Os medicamentos gratuitos e os descontos estão disponíveis para todos, mas beneficiam sobretudo trabalhadores de baixa renda e da classe média empobrecida, além de aposentados.

Dois dos resultados práticos do programa foram a redução das internações hospitalares, em 20% por doenças decorrentes da hipertensão, e em 16% por crises de asma. A redução dos gastos com intervenções nos hospitais supera em muito o custo do programa.

Pois o governo golpista, que num ato falho confessou que está fazendo o Brasil "voltar 20 anos em 2", agora reduz a rede do "Aqui Tem Farmácia Popular". Esta semana, descredenciou 1.729 drogarias que participavam do convênio, dando continuidade a um processo sistemático de destruição do programa. No ano passado, o governo golpista já havia cortado parte dos repasses às indústrias que produziam os medicamentos oferecidos.

Quando o governo golpista reduz o programa e sinaliza com a sua extinção, está fazendo uma economia burra, por forçar um aumento da procura por hospitais, e sobretudo uma economia perversa, por colocar em risco a saúde e a vida de dezenas de milhões de brasileiros.

O golpe faz muito mais do que destruir a democracia. Por descaso, desumanidade e falta de preocupação com a vida do povo, o golpe também faz mal à saúde.