Artigo: 8 de Março - Flávio Dino


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Nesta semana, teremos uma das datas simbólicas mais importantes do ano: o Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março. Data de histórias de lutas, “sem perder a ternura jamais”, como Che Guevara dizia. Nas minhas andanças pelo Maranhão, para vistoriar e inaugurar obras importantes para nosso estado, encontro em todos os cantos o olhar firme e o cumprimento fraterno da mulher que vive no Maranhão. E esses olhares e mãos trazem a marca de um Estado que hoje luta para superar o atraso de décadas de descaso. É uma alegria poder trabalhar diariamente para garantir condições dignas de vida a essas maranhenses que nunca deixam o desânimo as abater.

É inspirado nelas que, nesta semana do Dia Internacional da Mulher, irei assinar parceria do “Governo de Todos Nós” com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em que investiremos mais de R$ 1,3 milhão na ampliação do atendimento no Maranhão. Um dos focos do trabalho é a redução da mortalidade materna. Já estamos travando essa batalha há dois anos, buscando superar os tristes índices desse tipo de morte em nosso estado. Com o apoio da Opas, iremos reestruturar e reforçar nossa rede de saúde materna, com a capacitação das profissionais dessa área, qualificando o atendimento e fortalecendo nossa capacidade de atendimento de emergência obstétrica.

Por meio dessa parceria, também ampliaremos uma iniciativa pioneira internacionalmente, que é a Rede Sentinela. A primeira unidade dessa rede na América Latina foi implantada pela Opas, em parceria com nosso governo e com a prefeitura, em Balsas. A Rede Sentinela trabalha o planejamento reprodutivo, com orientações quanto a métodos contraceptivos e atendimento a vítimas de violência sexual. A nova unidade da Rede Sentinela será instalada na capital, na Maternidade Benedito Leite, ampliando um serviço que já vem funcionando.

Outra triste problemática a ser superada é a do feminicídio. No Brasil, uma mulher é morta a cada duas horas. De 84 países do mundo, o nosso é o quinto onde mais se matam mulheres, à frente de países em guerra, como a Síria. E metade desses assassinatos é cometido por parceiro ou parente. Por isso, criarei esta semana o Departamento de Feminicídio da Polícia Civil, chefiado por uma delegada, com o objetivo de dar atendimento específico ao problema. Já temos experiências exitosas neste campo, como o Grupo de Trabalho Interinstitucional que criamos envolvendo Ministério Público, Defensoria Pública e diferentes órgãos de governo, com o objetivo de combater o feminicídio. O grupo criou novos procedimentos-padrão de combate ao crime, que vêm surtindo efeitos. Em 2014, foram 49 assassinatos de mulheres na Grande Ilha. Número que caiu para 33 em 2016.

Essas medidas vêm somar-se a diversas outras que temos tomado nesses dois anos para valorização da mulher. Por exemplo, a Casa da Mulher Brasileira, em parceria com o governo federal, que está pronta para ser inaugurada. Com foco em saúde, a Carreta da Mulher e o Mamógrafo Móvel já vêm realizando um trabalho de prevenção e diagnóstico, chegando a cidades em que não há esses serviços.

Finalmente, menciono o grande papel que as mulheres têm na minha equipe de governo, coordenando políticas públicas de enorme importância em todas as áreas. Sem essas gestoras e sem as milhares de servidoras públicas estaduais não teríamos um governo com tantas realizações positivas.

Assim, com esforço diário e destinando os recursos públicos para quem mais precisa, vamos construindo um Maranhão melhor para todos e todas. Especialmente às mulheres que tanto batalham pelo futuro melhor para suas famílias e seus filhos. Que assim seja.