Por João Batista Rodrigues de Andrade
Tuntum está em gala... É o seu dia, parabéns! Eu estava na cena de sua criação em 1955. À margem da estrada vicinal na direção de Presidente Dutra à altura de um engenho cujo proprietário, conquanto guarde a sua feição, não me ocorre o nome, éramos muitos: homens, mulheres e crianças, no rol destas eu datava pouco mais de três anos. Fomos esperar a comitiva do governador ou de quem fizesse as suas vezes. O povo era uma festa só. Pudera, era a nossa emancipação como município, ali estava eu mais pela furupa ou porque meus pais não tiveram com quem me deixar. Pouco importa.
Ao longo dos anos seguintes a cidade, ainda que pacata, caminhou solerte para o futuro, e da geração dos pioneiros vale anotar os nomes de Francisco Antônio Andrade e sua profícua prole (Francisca, Alexandre, Antônio, Ana, Joaquim, Josefa, Paulo e Vicente Andrade), a qual povoou parte do lugar e deixou raízes até nossos dias. E não é pequeno o elenco dos que construíram o alicerce da cidade ou a ela deram nova feição, daí porque quero lembrar de Joaquim Morais, de Francisco Lucas, de José Uruçu, de Abílio Alves (Pai D’Égua), de Fortina, de Abílio Carro, de José Preto, de Mundico Caiser, de Manuel Valente, de Zequinha Enfermeiro, de Lourenço Silveira, de Tinhô, de Mãe Mariquinha, de Ariston Léda, de Isac Martins, de Sebastião (marchante), de Orfileno Léda, de Estêvão Correia, de Quincas Filomena, de D. Matilde (que gerou a Domingos), de todos os paraibanos e da gente belíssima dos cearenses da gloriosa Piçarra e afins, de João da Mata, de José Martins, de José Firmino, dos Naziozenos (Abelardo, Nito, João José, Caboclo etc.), de D. Divina, de todos os Fialhos, do grande Mestre Elias, de Dodô, de Luís Gonzaga, de Antônio Joaquim, de Bento Teixeira, de Cornélio Noleto, de Juarez (leiloeiro), de Tonico Saraiva, de Gerardo Uruçu, de Luiz Torres, de Abelardo Ferreira (da Rua Nova), de Mundico Benvida, de Julião, de Pedro e Antônio Conceição, de João Batista (soldado), de Raimundo Nonato (sargento), de Dodô, de Júlio Dantas, de Raimundo Cunhã, de Terezinha do Nona e este, de Marçal, de Chico Engole “s”, de José Pequeno, de Raimundo Dó, de Braulino... e porque não dizer também de Maria Vermelha! Também há os que construíram (literalmente) as arcas da fé, e nesse grupo vale lembrar dos freis Dionísio, Aniceto, Pedro Jorge, Achiles e Liberato, pelo ramo da católico, e do saudoso Alcebíades e sua incansável Toinha, pelo lado do povo protestante.
Registrei esses nomes como uma lembrança singela, mas deveria escrevê-los numa pedra para conservar a memória do povo da Mata do Japão.
Registro que no campo das profissões liberais a cidade já produziu nomes relevantes e significativos apensos intelectuais, de sorte que suprimos – em parte - as nossas carências.
Hoje, 61 anos após a criação do município, a cidade se vê grande, frondosa e progressista, embora, e disso preciso dizer, o Cemitério seja uma lugar tétrico sob o ponto de vista da conservação, zelo, cuidado, limpeza etc. Vamos fazer uma revolução, almada!