Durante evento em Aracaju ao lado da presidente Dilma Rousseff, o líder do MST, João Pedro Stédile, disse que os manifestantes contrários ao impeachment e ligados às centrais sindicais têm que "assumir o compromisso de preparar uma greve geral neste país"; "Não aceitaremos o governo golpista de Michel Temer", protestou; ele fez um apelo para que Dilma não vá na abertura da Olimpíada, pediu à população que "assuma o compromisso de fazer uma vigília na casa dos senadores" na semana da votação do impeachment e anunciou: "vamos visitar a senhora no final de agosto, no Palácio do Planalto"
Sergipe 247 – O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, discursou nesta segunda-feira 25 ao lado da presidente Dilma Rousseff, durante evento em Aracaju (SE). "Se não aceitarem Dilma de volta, vamos parar este País", anunciou Stédile, falando em "greve geral".
Ele disse que os manifestantes contrários ao impeachment e ligados às centrais sindicais têm que "assumir o compromisso de preparar uma greve geral neste país. Porque os poderosos podem controlar o Congresso, mas eles não produzem um grampo de cabelo, quem produz é a classe trabalhadora".
O líder do MST fez um apelo para que Dilma não vá à cerimônia de abertura da Olimpíada no Rio de Janeiro, no próximo dia 5, e pediu à população que "assuma o compromisso de fazer uma vigília na casa dos senadores" na semana da votação do processo. "Não aceitaremos o governo golpista de Michel Temer", protestou.
"Estamos aqui para dar energia a essa nossa valente presidente, mas também aproveitar o momento para fazer uma reflexão: todos sabemos que o Brasil vive uma grave crise econômica e política. Os poderosos não aceitaram a derrota de 2014, no outro dia começaram a conspirar para ela sair. Os poderosos precisavam implantar um plano neoliberal para retirar direitos. Há uma exploração cruel dos trabalhadores, porque para esse plano, o governo Dilma era um empecilho", disse.
Segundo Stédile, "eles não contavam com a reação popular. Estamos aqui para dizer que não aceitaremos o governo golpista de Michel Temer. Eles não representam o povo brasileiro. Quem representa o povo brasileiro são os 54 milhões que votaram em Dilma", acrescentou. "Temos, como militantes, que redobrar forças para continuar nas ruas e retomarmos o mandato de Dilma", pediu.
O líder do MST fez um apelo à presidente: "Dilma, não vá à Olimpíada". "Espero que Lula também não vá", pediu. "O comitê olímpico convidou o golpista do Temer. Eles que se lambuzem no golpe", completou. Por fim, Stédile anunciou: "vamos visitar a senhora no final de agosto, no Palácio do Planalto".