Em entrevista nesta quarta-feira 27, a presidente Dilma Rousseff disse estar mais combativa do que nunca na fase final do impeachment: "Estou plenamente disposta a lutar"; ela chamou de "ficção e fantasia" notícia da mídia de que teria dito ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para "acabar com essa agonia"; sobre a Olimpíada, a presidente reforçou "que não vai participar como espectadora de um ato do qual foi protagonista"; e quanto à afirmação de que haveria um sentimento maior de otimismo em relação à economia do País: "Ninguém recupera nada em dois meses", disse; Dilma voltou a responder sobre denúncias de caixa 2 em sua campanha; "Minha campanha não tem responsabilidade sobre em que condições pagou-se a dívida remanescente da campanha de 2010";
247 - Em entrevista à Rádio Educadora, de Uberlândia (MG), nesta quarta-feira 17, a presidente eleita Dilma Rousseff disse estar mais combativa do que nunca na fase final do processo de impeachment.
"Tenho uma meta: lutarei até o fim para impedir que esse impeachment ocorra. Quanto mais próximo, óbvio que vai haver uma guerra de informações. Só no dia saberemos o que realmente vai acontecer. É como uma partida de futebol, a gente joga até o fim da partida, para ganhar".
"Não tem 'se', a gente joga até o final da partida. E ganha, e ganha, e ganha. Assim que tem que ser um bom jogador. E no caso não se trata de um jogo, mas de uma metáfora, é fazer de tudo para ganhar e fazer com que a democracia brasileira ganhe", acrescentou.
A presidente negou que conversou recentemente com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e que estaria querendo "acabar com essa agonia", conforme noticiou a imprensa.
"Não estive com o presidente do Senado recentemente. Então é impossível que pudéssemos ter essa conversa. De onde sai essa história de 'querer acabar com essa agonia?' Da tentativa de parte da mídia de fazer com que eu esteja numa situação de cansaço. Estou plenamente disposta a lutar", rebateu.
Ainda sobre a imprensa, Dilma lembrou que não aparece "em jornais há muito tempo" e que foi "cassada da TV". "Porém, isso não autoriza ninguém a inventar histórias a meu respeito. Há uma fantasia, uma ficção", criticou.
Questionada sobre as denúncias de caixa 2 em sua campanha, Dilma respondeu que sua campanha "não tem qualquer responsabilidade sobre em que condições pagou-se a dívida remanescente da campanha de 2010, porque ela foi paga três anos depois [ao publicitário João Santana]". "Então não é a mim que você tem de perguntar isso. Como disse o próprio João Santana, ele tratou essa questão com a tesouraria do PT", acrescentou.
Ela também rebateu a afirmação de que se estaria com um sentimento mais otimista no País em relação à economia: “Todos os fundamentos da economia estão dados pelo meu governo. Ninguém recupera nada em dois meses".
Segundo ela, "havia uma tentativa de criar mau humor na economia”. "O próprio Ministério da Fazenda provisório reconheceu os fundamentos sólidos da economia, que foram construídos desde 2003", ressaltou, lembrando da nota divulgada pela equipe de Henrique Meirelles quando o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia.
Dilma afirmou ainda que o Brasil está preparado para os Jogos Olímpicos: "Todas as providências de segurança e inteligência foram tomadas até o momento em que fui afastada. O País está preparado para os Jogos. Participei desde o início para trazer os Jogos Olímpicos para o Brasil".
A respeito da recusa do convite para a cerimônia de abertura da Olimpíada, no dia 5 de agosto, voltou a dizer que não irá "participar como espectadora de um ato do qual fui protagonista".