Com Temer, dar verba e cargo para garantir impeachment virou "pacote de bondades"


Jornal GGN - A Folha de S. Paulo transformou, nesta sexta (22), uma série de medidas de Michel Temer, incluindo distribuição de cargos e verbas para evitar rebelião na base e garantir que o impeachment seja aprovado aprovado, num "pacote de bondades".

Segundo jornal, num "esforço para diminuir insatisfações", Temer determinou que a equipe econômica libere até em duas semanas o saldo de emendas parlamentares para obras em infraestrutura. O montante não foi divulgado pela Fazenda, mas a ideia é deixar os parlamentares felizes e com algo para anunciar ao eleitorado antes de outubro, quando ocorrem eleições nos municípios.

A distribuição de cargos em presas públicas segundo indicação dos políticos aliados tem que ser concluída até o recesso parlamentar. "O presidente interino disse ser importante concluir o processo durante o recesso parlamentar para que, na volta dos trabalhos do Poder Legislativo, a base aliada esteja unida na votação de projetos da agenda econômica, como o teto para os gastos públicos e as reformas previdenciária e trabalhista."

Temer também quer dar aos congressistas apoio para aprovação de projetos que já estão na Câmara e Senado e interessem ao governo interino.

Um exemplo é a securitização da dívida da União - venda de dívida ativa ao mercado, algo que pode ser considerado uma operação de crédito e render um impeachment, como aconteceu com Dilma.

Outro projeto é o que proíbe a União de estabelecer gastos obrigatórios para estados e municípios sem que haja previsão dos repasses necessários ao custeio. Na prática, isso desobriga os entes federativos a executar programas que não tenham verba federal.