Uma fera ferida, mas não abatida


Nunca antes, na história deste país, se viu uma tentativa de golpe marcada pela injustiça, mas com o apoio escancarado de parte da Justiça, que deveria colocar na cadeia muitos do que estão no comando do movimento golpista.

Neste momento de pressão e tentativa de mais um golpe de Estado, uma figura emerge impoluta, determinada e aguerrida: a ex-guerrilheira Dilma Rousseff. Mulher de fibra e coragem que enfrenta o poder dos golpistas de cabeça erguida. Está ferida, mas não abatida. A cada ataque, uma reação de coragem. E agora, com um dos maiores golpes de aliados do PMDB, mostra-se firme e diz que é de luta e que não irá recuar. A cada gesto de coragem, vem o apoio firme das ruas. No próximo dia 31, movimentos populares, de partidos aliados e entidades tomarão conta das ruas do país em atos contra o golpe. Um reforço à bravura da presidente Dilma.

Nunca antes, na história deste país, se viu uma tentativa de golpe marcada pela injustiça, mas com o apoio escancarado de parte da Justiça, que deveria colocar na cadeia muitos do que estão no comando do movimento golpista. Que moral têm Eduardo Cunha, Michel Temer, Renan Calheiros, José Sarney, e outros membros de verdadeiras quadrilhas, para comandarem o golpe contra a presidente Dilma? Logo eles, que foram os maiores beneficiários de esquemas de corrupção ao longo de 13 anos de governos do PT? Que o diga o ‘listão da Odebrecht’, com esquemas de propinas desde a década de 1980, no período do governo Sarney.

Infelizmente, o juiz Sérgio Moro – claramente parcial e a favor do golpe – voltou suas artilharias contra o governo da presidente Dilma. A ele não interesse que outros tenham cometido crimes de corrupção. Em outros países, esses crimes levariam todos à cadeia. Mas, o que interessa ao juiz é destronar a presidente Dilma e entregar o comando do país aos algozes do governo dos trabalhadores.

Uma prova da parcialidade do juiz de Curitiba está configurada em dois episódios da Lava Jato: a divulgação recorde e indevida de interceptações telefônicas ilegais de conversas entre Dilma e o ex-presidente Lula, e a determinação de sigilo no ‘listão da Odebrecht’, onde aparecem como beneficiários de supostos pagamentos de propinas os comandantes de golpe.

Para completar, Moro não vai investigar o ‘listão’ porque, segundo ele, não é possível se comprovar se os valores constantes são de doações legais ou ilegais, por isso encaminhará as novas revelações ao STF. Está provado que um juiz com viés golpista.

Alguns dizem que o tiro de misericórdia no governo petista será o desembarque do PMDB. Não é o que pensa a presidente Dilma. Na verdade, a ‘ratazana traidora’ estará abrindo espaço para que a presidente possa agir, com mais liberdade, para evitar o impeachment golpista na Câmara. Deve trazer para o governo aqueles que tiverem coragem de dizer não ao golpe e de lutar contra ele. Coragem de peitar o corrupto Eduardo Cunha e a quadrilha do PMDB. Sem os golpistas no governo, Dilma terá mais facilidade, portanto, de dar sequência ao combater à corrupção, pois os maiores escândalos de desvios de recursos públicos ocorreram em pastas comandadas pelo PMDB, principalmente no Ministério de Minas e Energia, que sempre foi controlado pelo partido.

Não custa nada lembrarmos que o que levou Eduardo Cunha a dar andamento ao processo de impeachment foi uma ação forte da presidente contra a corrupção: a troca de comando de Furnas, covil de malandros que estavam a serviço do presidente da Câmara, maior beneficiário com os esquemas de desvios do erário da estatal. Esse pode ter sido o ‘crime’ de Dilma: retirar o queijo dos ‘ratos’.

Mesmo sitiada, a ‘exterminadora de ratazana’ não se entrega e vai à luta! Afinal, só a luta muda a vida!

Blog do Gilberto Lima/São Luís