O Ministério do Trabalho e Previdência Social divulgou um balanço apontando que o Maranhão foi o segundo estado com o maior número de resgates de trabalhadores vítimas de trabalho escravo; foram 107 em 2015, o que representa 11% do número de resgatados no País; o estado de Minas Gerais liderou o ranking, com 432 vítimas (43%); mais de mil trabalhadores foram flagrados em condições análogas à escravidão no Brasil em 2015, por meio de 140 operações realizadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel para combater o trabalho escravo no País
O Ministério do Trabalho e Previdência Social divulgou um balanço apontando que o Maranhão foi o segundo estado com o maior número de resgates de trabalhadores vítimas de trabalho escravo. Foram 107 em 2015, o que representa 11% do número de resgatados no País. O estado de Minas Gerais liderou o ranking, com 432 vítimas (43%). Na terceira posição veio Rio de Janeiro com 87 (9%), seguido por Ceará com 70 resgates (7%) e São Paulo com 66 vítimas (6%).
Mais de mil trabalhadores foram flagrados em condições análogas à escravidão no Brasil em 2015, por meio de 140 operações realizadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel para combater o trabalho escravo no país. As ações identificaram 1.010 trabalhadores em condições análogas às de escravo, em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados.
Como resultado das operações, a fiscalização emitiu no ano passado 2.748 autos de infração, com pagamento de R$ 3,1 bilhões em indenização para os trabalhadores. Além da emissão de 694 guias para recebimento do Seguro-desemprego e 171 Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
Os dados revelam que doze trabalhadores resgatados de trabalho escravo em 2015, tinham idade inferior aos 16 anos e que, outros 28 tinham idade entre 16 e 18 anos, atuando em atividades da Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (TIP). Do total de trabalhadores alcançados, 65 deles eram imigrantes de diversas nacionalidades, entre bolivianos, chineses, peruanos e haitianos.
Atividades
A extração de minérios concentrou 31,05% dos trabalhadores alcançados no ano, com 313 vítimas trabalhando na extração e britamento de pedras, extração de minério de ferro e extração de minérios de metais preciosos. O ramo da construção civil representa 18,55% do total (187 trabalhadores localizados). A agricultura e a pecuária, atividades com histórico de resgate aparecem em seguida com 15,18% e 14,29% do número de trabalhadores identificados em condições análogas a de escravo.
*Com Ministério do Trabalho e Emprego/Maranhão 247