Operação Lava Jato investiga pagamentos feitos pelo Grupo Bertin para o ex-senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA); investigadores apreenderam num dos escritórios da Bertin documento de cobrança, liberação de pagamento, além de oito notas promissórias de R$ 1 milhão cada, com vencimentos entre agosto de 2014 e maio deste ano; “Documentos apreendidos mencionam pagamentos a Edison Lobão Filho”, registrou delegado
Maranhão 247 - A Polícia Federal investiga pagamentos feitos pelo Grupo Bertin, envolvido no suposto esquema de financiamento ilegal do PT executado pelo pecuarista José Carlos Bumlai, para o ex-senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MA). A Operação Lava Jato apreendeu num dos escritórios da Bertin documento de cobrança, liberação de pagamento, além de oito notas promissórias de R$ 1 milhão cada, com vencimentos entre agosto de 2014 e maio deste ano.
“Documentos apreendidos mencionam pagamentos a Edison Lobão Filho, exsenador da República. Tratase de análise preliminar e que demanda maior apuração acerca de indícios de possíveis ilicitudes”, registrou o delegado Filipe Hille Pace, da equipe da Lava Jato, em seu despacho.
Enquanto prendia Bumlai em Brasília, outra equipe da PF realizava buscas no escritório do Grupo Bertin, em São Paulo. A iniciativa tinha como objetivo principal encontrar material relacionado ao empréstimo de R$ 12 milhões tomado pelo pecuarista do Banco Schahin, que, supostamente, foi usado para quitar dívidas do PT. As informações são do blog do Fausto Macedo.
O dinheiro circulou pelas contas do Grupo Bertin. Num dos documentos apreendidos nas buscas, apareceu a Santri Participações Societárias S.A., registrada em nome de Fernando Antônio Bertin e Natalino Bertin, como devedora notificada por Edison Lobão Filho.
“Objeto da mora: 1ª , 2ª e 3ª parcelas do acordo particular de compra e venda de ações das empresas Curuá Energia S/A e Buriti Energia S/A, firmado entre Notificados e Notificante”, registra o documento, de 27 de outubro de 2014, sete meses após ser deflagrada a fase ostensiva da Lava Jato.
No mesmo endereço - Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2012, Jardim Paulista - foram apreendidas oito notas promissórias do Grupo Bertin para Lobão Filho, além de documentos das duas empresas de energia do Mato Grosso. Três delas são de agosto, setembro e outubro de 2015, todos com valor de R$ 1 milhão. Outras cinco notas são mensais emitidas entre janeiro e maio deste ano.
No material aprendido nos endereços do Grupo Bertin, a PF também encontrou as autorizações dada pelos atuais conselheiros das empresas Curuá e Buriti, entre eles dois membros da família Bertin, para pagamentos destinados a Lobão Filho e o empresário Filadelfo dos Reis Dias. Fernando Betin também teria sido beneficiado.