Para além do debate sobre quem está mais forte ou mais fraco no governo Flávio Dino (PCdoB) após a reforma administrativa anunciada ontem (reveja aqui, aqui e aqui), o fato é que o núcleo duro da gestão comunista passa a operar sob uma nova lógica.
Os três principais atores das mudanças, os secretários Márcio Jerry (PCdoB), Marcelo Tavares (PSB) e Felipe Camarão, agora assumem funções totalmente diferentes das que vinham desempenhando.
Ainda na Casa Civil, Tavares é agora o articulador político de fato. Caberá a ele a interlocução com deputados e com o Judiciário, segundo explicou o próprio governador.
Negociar emendas, portanto – e os já conhecidos pedidos de crédito suplementar do TJ -, será com o socialista.
Márcio Jerry, por outro lado, que agora tem uma estrutura ainda maior sob o seu domínio após a fusão dos Assuntos Políticos com a Comunicação, será um secretário de comunicação por excelência.
Já Felipe Camarão, que assume a recém-criada Secretaria de Governo, é quem vai assumir as funções típicas de um chefe de Casa Civil, fazendo a interlocução com o próprio secretariado e acompanhando o cumprimento de metas estabelecidas pelo governador.
É esse o cenário que se apresenta no momento. E é a partir dele que se devem proceder às interpretações sobre quem está, de fato, mais forte ou mais fraco na gestão Dino.
Do Blog do Gilberto Léda