De volta aos trabalhos na terça-feira, depois de quase duas semanas curtindo o "Carnaval das Excelências", mais longo que o da Bahia, a farra dos deputados federais continua, sob o comando de Eduardo Cunha, o todo-poderoso presidente da Câmara.
Com o país derretendo, sem conseguir fechar suas contas e tapar os novos buracos que a cada dia se abrem no casco do navio, Cunha começou a cumprir suas "promessas de campanha" e anunciou solenemente o aumento das mordomias dos seus colegas, como se fossem poucas as que já tinham.
Em lugar de discutir o pacote fiscal do governo para reduzir os gastos públicos, a Câmara vai gastar mais R$ 150, 3 milhões para reajustar os benefícios dos 513 deputados federais, que já nos custam quase R$ 2 milhões cada um por ano (para ser mais exato, R$ 1.919.579,48, segundo o portal "Congresso em Foco").
Agora, entre outras benesses, os cofres públicos também voltarão a pagar passagens aéreas para os cônjuges dos deputados e deputadas, uma prática que tinha sido abolida em 2009. Verbas de gabinete para 25 assessores, auxílio moradia e o "cotão parlamentar" para o pagamento de outras despesas, tudo vai ser reajustado a partir do dia 1º de abril _ e esta não é uma piada pronta.
"Eduardo entrega o que promete" foi um dos lemas da campanha do deputado do PMDB à presidência da Câmara, que ele ganhou de lavada. O problema é que Cunha vai cumprindo suas promessas com o meu, o seu, o nosso dinheiro, embora garanta que isso não vai aumentar o total das despesas porque pretende cortar "outras verbas de custeio". Só não explicou quais, nem quando, nem como. Sejam quais forem, se não eram necessárias, por que não as cortou antes?
Como se vivessem em outro país, no fantástico mundo das mordomias sem fim, os nobres parlamentares não poderiam ter escolhido momento melhor? Tinha que ser justamente agora em que está tudo virando de pernas para o ar, a população cada vez mais revoltada com os partidos e os políticos em geral? O que será que devem ter sentido as multidões de paulistanos que ficaram presas nas estações sem trem, depois do temporal de quarta-feira, ao chegar em casa e assistir aos jornais da noite na TV?
Há quanto tempo vocês não ouviam falar a palavra "cônjuge"? Só elas ou eles, os cônjuges dos parlamentares, é que devem ter ficado felizes com as notícias do dia.
E vamos que vamos.
Com o país derretendo, sem conseguir fechar suas contas e tapar os novos buracos que a cada dia se abrem no casco do navio, Cunha começou a cumprir suas "promessas de campanha" e anunciou solenemente o aumento das mordomias dos seus colegas, como se fossem poucas as que já tinham.
Em lugar de discutir o pacote fiscal do governo para reduzir os gastos públicos, a Câmara vai gastar mais R$ 150, 3 milhões para reajustar os benefícios dos 513 deputados federais, que já nos custam quase R$ 2 milhões cada um por ano (para ser mais exato, R$ 1.919.579,48, segundo o portal "Congresso em Foco").
Agora, entre outras benesses, os cofres públicos também voltarão a pagar passagens aéreas para os cônjuges dos deputados e deputadas, uma prática que tinha sido abolida em 2009. Verbas de gabinete para 25 assessores, auxílio moradia e o "cotão parlamentar" para o pagamento de outras despesas, tudo vai ser reajustado a partir do dia 1º de abril _ e esta não é uma piada pronta.
"Eduardo entrega o que promete" foi um dos lemas da campanha do deputado do PMDB à presidência da Câmara, que ele ganhou de lavada. O problema é que Cunha vai cumprindo suas promessas com o meu, o seu, o nosso dinheiro, embora garanta que isso não vai aumentar o total das despesas porque pretende cortar "outras verbas de custeio". Só não explicou quais, nem quando, nem como. Sejam quais forem, se não eram necessárias, por que não as cortou antes?
Como se vivessem em outro país, no fantástico mundo das mordomias sem fim, os nobres parlamentares não poderiam ter escolhido momento melhor? Tinha que ser justamente agora em que está tudo virando de pernas para o ar, a população cada vez mais revoltada com os partidos e os políticos em geral? O que será que devem ter sentido as multidões de paulistanos que ficaram presas nas estações sem trem, depois do temporal de quarta-feira, ao chegar em casa e assistir aos jornais da noite na TV?
Há quanto tempo vocês não ouviam falar a palavra "cônjuge"? Só elas ou eles, os cônjuges dos parlamentares, é que devem ter ficado felizes com as notícias do dia.
E vamos que vamos.
Do Balaio do Kotscho/R7