Vivemos em um tempo de tecnologia ultramoderna. Nunca, em toda a história da raça humana, o homem se comunicou com tanta facilidade através de tecnologias hiper avançadas. Ao mesmo tempo, nunca o homem esteve tão robotizado, alienado, solitário e ensimesmado como em nossos dias, com muita dificuldade de sentar, olhar nos olhos e conversar com o próximo. Na era da comunicação fácil temos muita dificuldade de nos comunicar com qualidade. Quanta gente dominada pelas máquinas, interagindo com elas e se esquecendo do próximo. Vivemos um tempo de muita insensibilidade, falta de solidariedade e generosidade.
O nosso grande desafio é nos relacionarmos em amor, compreendendo o próximo no mundo e o irmão no ambiente do Reino e na igreja. O Senhor quer que aceitemos o irmão sem carimbarmos seus pecados. Orar por ele sem legalismo. Precisamos entender o irmão no seu temperamento, no seu caráter, enfim, na sua personalidade. Devemos evitar a todo o custo o julgamento conforme o ensino de Jesus descrito em Mateus 7.1-5. Somos diferentes, mas o amor de Deus nos une de forma extraordinária. Jesus orou para que fôssemos um, como ele e o Pai são um, a exemplo do que diz João 17.20-23. Em nossa diversidade encontramos, em Cristo Jesus, a nossa unidade, o nosso ponto comum e a nossa missão. Sabemos que o relacionamento como arte, beleza, criatividade, benção, tem se perdido. Por várias razões, tais como tempo, atividades, trabalho, distância, condições financeiras, diferenças sociais, egoísmo, opiniões, foco, interesses, prioridades. O mundo tem desenvolvido mecanismos de influência perversa e muitas pessoas em nossas igrejas têm sido afetadas violentamente. Temos três inimigos ferozes: o mundo, a carne e o diabo, como relata I João 2.15-17; 5.19. Nossos relacionamentos têm sido sofríveis, formais e, muitas vezes, interesseiros. Precisamos resgatar os nossos valores do Reino de Deus. A nossa comunicação deve está fundamentada na unidade da Trindade de Deus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um. Esta é a base muito sólida, indestrutível dos nossos relacionamentos.
Um mundo perdido é constituído de gente perdida e influencia mais pessoas perdidas em seus comportamentos desajustados, doentios e maliciosos a partir da natureza má e perversa de Adão. Morremos em Adão, mas passamos a viver em Cristo Jesus, na sua morte e ressurreição. Em Adão, na carne, nossos relacionamentos são conflituosos, odiosos e maliciosos, como diz Gálatas 5.19-21. As nossas relações podem ser restauradas a partir de Cristo, no seu amor e na sua graça e passamos a viver no Espírito, como descreve Gálatas 5. 22-23). Então, se vivemos na carne, temos muitas dificuldades de estabelecermos relações puras e saudáveis, mas se vivemos no Espírito, as nossas relações fluem, sendo altamente abençoadoras.
Não permitamos que os nossos relacionamentos se percam. Que em nossas relações sejamos construtores de pontes que ligam e aproximam e não de muros que separam e afastam as pessoas. Cresçamos no conhecimento do Senhor e do nosso irmão. Quanto aos de fora, devemos amá-los com o amor do Senhor, testemunhando a nossa fé em Cristo Jesus, sempre fazendo o bem. O nosso testemunho deve ser contundente, pois não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido, como está escrito em Atos 4.19-20. Sejamos pessoas amorosas, relacionáveis, perdoadoras, servidoras, amigas de verdade, sinceras, compreensivas, mansas, sábias, de pouco falar, de ouvir mais, humildes e profundamente comprometidas com o Senhor, com sua Palavra, família, igreja e com a evangelização do mundo até que ele volte. Que o Pai seja glorificado em nossas relações.
Oswaldo Luiz Jacob
Coluna Fé para Hoje de OJB