A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva definitivamente não se envolverão no processo eleitoral do Maranhão, evitando assim que as recentes denúncias de corrupção envolvendo o clã Sarney respinguem na campanha de reeleição do PT à Presidência da República.
Se os dois já planejavam não participar da campanha no estado, para evitar a exposição desnecessária no palanque de Edinho Lobão e não causar constrangimentos ao oposicionista Flávio Dino, a estratégia ganhou força com o depoimento da contadora Meri Poza, ex-funcionaria do doleiro Alberto Yousseff, que revelou à Polícia Federal que a governadora Roseana Sarney e membros da administração estadual receberam propina para autorizar o pagamento de R$ 120 milhões em precatórios à construtora Constran.
O Palácio do Planalto e a coordenação da campanha de Dilma Rousseff avaliam que o destaque dado pela imprensa nacional ao escândalo da Constran é manobra política para desgastar a candidatura petista, colando na presidente a responsabilidade por este ou qualquer outro de corrupção envolvendo as famílias Sarney, Murad e Lobão.
No início deste mês, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já havia adiantado que Dilma não participará de nenhum ato de campanha no Maranhão.
“A Dilma está com uma série de demandas, fora que nesta eleição ela está no cargo de presidente, ela precisa continuar governando o país, por isso desta vez muitos estados não serão visitados e a ida dela do Maranhão consequentemente não deve ocorrer”, garantiu o dirigente petista.
Do Marrapá