Brasil, joga pra mim!


Por Emerson Araújo

Volto ao tema do campeonato mundial de futebol 2014 para confirmar toas às emoções de última hora em tradução nas capelas do belo hino nacional patrocinadas por vozes anônimas país a fora durante os jogos da seleção.

O povo real do Brasil, nestes dias, não tem relativado o amor à pátria na cor amarela tremulada nos guetos, vilas, becos, povoados, favelas e ruas com alegria e orgulho para desespero do pedantismo elitista, das opiniões de quem teima em reabilitar o complexo de vira-lata, vira folha sempre derrotadas. O Brasil é o país do gol eficaz, da contrapartida, contra a opinião dos umbigos sem adornos que perderam a direção com suas crenças equivocadas.

E quanto a cor amarela, que pinta o chão da pátria neste instante, não tem nada a ver com a cara pálida da velha anta amorfa de plantão, ela reflete, apenas o couro cru da sucuri de chuteiras com barba, bigode e tudo, esteja no próximo jogo o guerreiro saci bom de bola ou não. 

Não tem jeito, o Brasil na copa de 2014 tem sido o nosso sertão e litoral simultâneos sem culpas e servidões, tem sido, também, o melhor padrão de brasileiros e brasileiros sem arrependimentos sob a égide da única estrela que nos serve. O resto é lamúria e desamor à capela intensiva de um povo em festa, em rito da alegria contagiante sob a batuta do belo hino nacional rolando livre pelas gargantas.

Novo consolo, a copa de 2014 segue sua trajetória normal por aqui nas vitórias, empates, derrotas e ausências sentidas. E a nossa canarinho espelhada em todos continua debelando o complexo de vira-lata, vira folha que o cronista pinçou no passado. Brasil, joga pra mim, nesta terça-feira!

Emerson Araújo é professor.