O deputado Simplício Araújo (Solidariedade/MA) considerou grave a denúncia feita pela revista Época desta semana que apontou o envolvimento do doleiro Alberto Youssef em pagamento de dívidas do governo do Maranhão.
A Polícia Federal (PF) descobriu, na Operação Lava Jato, que o doleiro aparece em meio a conversas telefônicas tratando da negociação do pagamento de precatórios do governo do Maranhão à empresa Constran. A dívida, que supera R$ 110 milhões, refere-se a serviços de terraplanagem e pavimentação da BR-230 contratados na metade da década de 1980.
O parlamentar lamenta que mais uma vez o Maranhão esteja envolvido em escândalos. “A revista traz uma denúncia, da maior gravidade, apontando que o doleiro estava no Maranhão negociando precatórios com o governo do estado e auferindo lucros por meio destas negociações. Lamentavelmente isso demonstra que o grupo Sarney não está raspando o fundo do tacho. Está querendo levar o tacho e deixar o estado quebrado”, apontou nesta quarta-feira (23) durante pronunciamento.
No início das investigações que culminaram na Operação Lava Jato, deflagrada há um mês, a PF imaginava que o doleiro estaria envolvido apenas com lavagem de dinheiro e evasão de divisas, práticas pelas quais já havia sido acusado. À medida que a investigação avançava, a PF descobriu a atuação do doleiro em outras frentes de negócios. Uma delas surpreendeu os agentes federais: Youssef aparece em meio a conversas telefônicas tratando da negociação do pagamento de precatórios (dívidas antigas) do governo do Maranhão à empresa Constran.
Assessoria de Imprensa