Não é só a presidente Dilma Rousseff (PT) que está preocupada com o colapso na Segurança Pública do Maranhão, resultado da incapacidade do governo Roseana Sarney (PMDB) em administrar o sistema prisional do estado.
O PSDB de Aécio Neves – que até pouco tempo era considerado o plano B do grupo Sarney para o caso do PT resolver apoiar a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) para a sucessão estadual – também demonstrou incômodo com as denúncias frequente de violações dos direitos humanos.
De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara, protocolou nesta segunda-feira (6) uma representação na Procuradoria Geral da República acusando as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres) de omissão em relação ao colapso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Outro pedido de análise da conduta das ministras foi encaminhado à Comissão de Ética Pública da Presidência e sugere, ao fim do processo, a demissão das ministras.
Hoje, a presidente da República se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pediu que ele acompanhasse de perto os desdobramentos no Maranhão e oferecesse toda a ajuda necessária para acabar com a grave crise na segurança pública.
Por determinação da petista, o Ministério da Justiça ofereceu vagas em presídios federais para os líderes das facções criminosas que estão em Pedrinhas.
Dilma Rousseff teme que, em ano de eleição, o governo da aliada Roseana Sarney provoque uma crise com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O Palácio do Planalto também trabalha para apaziguar a situação no Maranhão a fim de evitar que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a intervenção federal no estado.
O pedido de investigação do PSDB contra as ministras do Governo Federal cria um novo embaraço para Dilma Rousseff, fazendo a presidente repensar a aliança com a família Sarney no Maranhão.
Do Marrapá