AERONAVE FOI FRETADA PARA AULAS: As vítimas morreram carbonizadas com explosão
Ampliada às 00h42
O piloto Paulo Castelo Branco, amigo das vítimas, esteve no aeroporto de Teresina já por volta das 22h e ficou revoltado quando soube da forma como as famílias foram tratadas por funcionários da Infraero. Segundo ele, os funcionários usaram da força para impedir que as famílias entrassem no local.
"Faltou, no mínimo, bom senso a estes profissionais. Eu fico imaginando minha família passando por esta situação. E o pior é que isso já aconteceu outras vezes e não há nenhuma providência", disse o piloto, acrescentando ainda que se o acidente é com uma companhia tem indenização, se é com um táxi aéreo, tem, agora sendo com um avião particular como foi o caso, não tem.
Ampliada às 00h36
A advogada Eduarda Mourão, vice-presidente da OAB-PI esteve no aeroporto. Ela acompanha a família dos primos Guilherme Rodrigues e Marcos Roland. A mãe de Guilherme é funcionária da OAB-PI. "O primo do Guilherme não tinha nada a ver com esta viagem, foi apenas para acompanhar o primo e acabou morrendo. É muito triste", disse a advogada, que estava acompanhada da também advogada Geórgia Nunes.
Ampliada às 00h23
A Infraero informou que a movimentação no aeroporto de Teresina está normalizada, com pousos e decolagens autorizados pela direção do aeroporto.
Ampliada às 23h08
A movimentação no Instituto de Medicina Legal, de amigos e familiares dos quatro jovens vítimas da tragédia do início desta noite, é intensa. Os parentes passam pela difícil tarefa de reconhecer os corpos, todos carbonizados e alguns, dilacerados pela violência do acidente.
Segundo o médico Antônio Nunes, do IML, a primeira tarefa neste momento é identificar quem é quem. "Vamos ver se conseguimos pelas digitais, caso as famílias não os reconheçam visualmente. Mas se assim não for possível, poderemos pedir exames de DNA", explicou aos jornalistas que acompanham o caso.
Para a família dos primos Guilherme Rodrigues e Marcos Ronald, a dor em dobro. A senhora que entrou para reconhecer os corpos teve de ser amparada na volta, pelo trauma que passou em ver o estado como ficaram as vítimas.
Já um dos colegas de Marcos Escócio, Paulo Júnior, afirma que o amigo morreu fazendo o que mais gostava.
"Ele era um apaixonado pelo que fazia. Ainda esta semana ele faria o voo solo, que o habilitaria a se formar. É muito triste. Nós estávamos fazendo prova, quando a direção do aeroporto ligou para a faculdade, dando a notícia. Nós largamos a prova, a turma toda e corremos para cá. Ele morreu fazendo o que amava", disse o amigo muito abalado.
Postada às 19h34
Um avião monomotor, de sigla PT-CNL, caiu nas primeiras horas da noite desta segunda-feira (16/12) dentro do aeroporto de Teresina e matou quatro pessoas. O piloto Rodrigo Viana Morais, e os alunos Marcos Escórcio e Marcos Ronald foram confirmados como sendo vítimas do acidente. O quarto nome seria de Guilherme Rodrigues.
Segundo informações passadas por testemunhas, o avião explodiu e ficou pegando fogo por 10 minutos. A Infraero ainda não se pronunciou, mas acompanha todo o trabalho da perícia e dos Bombeiros no local.
Informações não oficiais também apontam que a aeronave foi alugada do aeroclube do Ceará por alunos da Faculdade CET. O acidente aconteceu quando o monomotor tentava fazer uma decolagem.
Testemunhas afirmam que o avião rodou no ar e caiu de "barriga". "Eu estava trabalhando, quando comecei a ouvir um barulho alto, parecia um helicóptero. E quando subi no muro do Diploma foi já vendo o avião rodar e cair. Logo depois explodiu", disse a testemunha. O Instituto Médico Legal de Teresina (IML) fez a remoção dos corpos por volta de 21h30.
A tragédia vem comovendo familiares e amigos, que na frente do aeroporto de Teresina aguardavam ansiosos por informações à respeito das vítimas. Ainda não há informações sobre o que pode ter causado o acidente.
Nas redes sociais das vítimas, já começam a ser postadas inúmeras homenagens. No caso de Marcos Escórcio, depois que a notícia se espalhou pela TV e interne, amigos começaram a perguntar pelo rapaz, que não respondia aos chamados. Por volta de 16h30, ele fez check-in pela sua rede social no aeroporto de Teresina.
REPÓRTERES: Fábio Carvalho e Apoliana Oliveira - Direto do Aeroporto/180 Graus - Teresina