Câmara: Leis divergem instalação de CPI e ela está cada vez mais distante.

Do Blog do Lobão - Tuntum



                Quem já tinha a instalação da primeira Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI – como favas contas, pode tirar o cavalo da chuva, pois muita água ainda vai passar por baixo da ponte, é o que pensa a presidência ao rejeitar o requerimento de instalação na sessão de hoje (15) afirmando que há duas interpretações sobre o tema.  Diante da divergência do Regimento Interno e da Lei Orgânica, o presidente Nélson do Nanxin preferiu encaminhar o requerimento para a assessoria jurídica da Casa que dará com brevidade um parecer sobre o impasse.
Vereador Josivan Sem Terra

            Para o secretário de Coordenação Política e Governo, Josinaldo Bílio, não é constitucional a maneira como o bloco de oposição quer que ela seja instalada, pois segundo ele o Regimento Interno não está acima da Lei Orgânica. “Não há como ela ser instalada, pois eles estão se embasando no artigo 31, parágrafo 2º do Regimento Interno, enquanto o artigo 151 da Lei Orgânica, que está acima do Regimento, diz que dependerá de deliberação do plenário e ainda terá que sofrer discussão”, destacou. 
Vereador Marcos Cunha

            Josinaldo Bílio, ainda afirmou que o bloco oposicionista quer criar uma situação qualquer porque está se sentindo incomodado com a notável desenvoltura administrativa que vem imprimindo o prefeito Dr. Tema nesse início de mandato. “Eles não têm argumento e se sentem incomodados pelo trabalho que o prefeito vem fazendo nesse início de mandato, por isso querem criar qualquer situação”, afirmou. Josivan Sem Terra, mentor intelectual do pedido da CPI, achava que colhida somente as assinaturas de seu bloco tudo estaria resolvido, porém ele já passa a ver nuvens negras e a avistar um temporal de dificuldades, se não o seu possível fim antes mesmo do começo, sinal de que calculou mal. 
Secretário Josinaldo Bílio

 Soa nos bastidores da Casa de que o requerimento não passaria de uma forma de retaliar o governo e barganhar o perdido. O certo é que ultimamente o vereador Josivan Sem Terra tem demonstrado um chororô frenético por causa da não renovação de contrato de seus seguidores pela Secretaria de Educação. A moral da história é que o vereador finge não entender o antigo jogo político brasileiro de que os perdedores são sempre sacrificados para dar lugar aos vencedores. A título de exemplo o vereador Marcos Cunha disse que o PT, partido de Josivan, foi o primeiro a tomar essa atitude quando chegou à presidência da república demitindo todos os seus opositores e colocando os seus aliados. O homem que diz que está com o coração sangrando em sentimento pelos seus eleitores ouviu a história, amarelou e ficou mudo. Imaginem na política os vencedores de um longo embate sendo demitidos e os perdedores assumindo seus postos de trabalho. Seria uma utopia...